Os bancos dos Estados Unidos pagarão uma tarifa de emergência baseada em seus ativos para recompor as reservas da agência Federal Deposit Insurance Corp (Fdic), colocando mais responsabilidade sobre os grandes bancos para reabastecer o fundo em meio ao ritmo mais acelerado de quebras desde 1994.
A Fdic decidiu na sexta-feira passada, por 4 votos a 1, impor uma tarifa de 5 centavos por US$ 100 em ativos, excluindo capital Tier 1, abandonando a proposta de 20 centavos por US$ 100 em depósitos segurados. Os bancos locais informaram que a tarifa sobre os depósitos pode eliminar mais da metade de seus lucros em 2009. A tarifa vai recompor o fundo que no início do ano era de US$ 18,9 bilhões, o menor volume desde o primeiro trimestre de 1994.
“As quebras ocorreram principalmente entre os bancos menores, mas isso porque os programas do governo estabilizaram os bancos maiores”, disse a chairman da Fdic, Sheila Bair.
O fundo de seguro de depósito usado para pagar os clientes quando os bancos quebram foi reduzido em mais de US$ 10 bilhões este ano à medida que os reguladores fechavam 34 bancos de crédito, como o BankUnited Financial, da Flórida, na quinta-feira passada, e o Silverton Bank of Atlanta, em 1º de maio. Os dois bancos combinados custaram US$ 6,2 bilhões. O número de bancos quebrados aproxima-se do maior nível em 15 anos.
A tarifa, a primeira especial desde 1996, é projetada pela equipe da Fdic para gerar US$ 5,6 bilhões este ano, e transferirá a carga para os bancos maiores com uma tarifa baseada em ativos em vez de em depósitos. O Controlador da Moeda, John Dugan, membro do conselho da Fdic, votou contra a tarifa.