Cidadãos dos EUA em todo o mundo correm atrás de consultoria tributária antes do fim do prazo para legalizar ativos não declarados no exterior, com medo de enfrentar acusações do governo em sua ofensiva contra a sonegação.
Advogados e consultores tributaristas de Londres a Hong Kong detectaram um forte aumento nas consultas de americanos que moram fora do país, preocupados em saber se declararam de forma correta seus ativos, à medida que se aproxima o fim do prazo dado pelo governo, até 23 de setembro.
“Meu telefone não para de tocar”, disse Darlene Hart, executiva-chefe da empresa de assessoria US Tax & Financial Services, com escritórios em Londres e na Suíça. “Há um volume incrível de interesse.”
As consultas decuplicaram desde o acordo entre UBS e governo dos EUA em agosto. O receio foi alimentados pela decisão do governo suíço de revelar os nomes de 4.450 clientes americanos de alta renda que tinham contas internacionais no UBS, maior banco do país.
O IRS (a Receita Federal dos EUA) ressaltou que o acordo com o banco suíço mostra a determinação do governo dos EUA em combater a sonegação de impostos.
Uma comissão do Senado americano estima que o depósito de ativos fora do país custa US$ 100 bilhões em perda de arrecadação de impostos a cada ano.
As novas diretrizes do IRS para pessoas físicas com ativos internacionais não tributados foram anunciadas em 23 de março.
Ao se apresentarem de forma voluntária, muitos contribuintes que não estão sob investigação do IRS podem limitar sua responsabilidade, além de evitar possíveis acusações criminais.
Suzanne Reisman, advogada que trabalha em Londres, diz que o prazo do IRS é particularmente relevante para americanos que vivem em países com baixos impostos, como na Ásia.