Ações de Petro e Vale fecham em forte queda, no lastro dos preços das commodities

No lastro do declínio nas cotações das commodities no mercado internacional, as ações das duas principais blue chips da bolsa brasileira – Petrobras e Vale – registraram significativas desvalorizações nesta quarta-feira (11), contribuindo para acentuar o movimento negativo do Ibovespa nesta sessão, que fechou com queda de 1,70%, interrompendo assim uma sequência de três altas.

A começar pela petrolífera, que viu suas ações ordinárias (PETR3) registrarem queda de 1,88%, fechando a R$ 27,21, enquanto seus papéis preferenciais (PETR4) recuaram 2,71%, para R$ 24,01. Ambas ações fecharam na cotação mínima obtida no intraday. Outra petrolífera que teve um dia ruim foi a OGX (OGXP3), com as suas ações apresentando a pior performance do Ibovespa nesta sessão (-4,36%), também fechando na mínima do dia (R$ 14,27).

Petróleo recua forte
O movimento veio em linha com a trajetória declinante das cotações do barril de petróleo no mercado internacional. O contrato de petróleo Brent, negociado na bolsa de Londres, fechou com variação negativa de 4,30%, ficando em US$ 112,57. Já o contrato de petróleo com vencimento em junho, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, recuou 5,46%, para US$ 98,21.

Contribuiu para essa queda do petróleo o avanço em 1% nos estoques da matéria-prima nos EUA na última semana, o que pode indicar uma diminuição na demanda da commodity. Aliado a isso, as referências desfavoráveis da agenda econômica também ajudaram a alimentar o clima de aversão ao risco no mercado, com o déficit comercial norte-americano vinto maior do que o previsto em março e a inflação ao consumidor chinês superando as projeções em abril.

Ademais, vale destacar que a Link Investimentos reduziu o preço-alvo para ambas ações da Petrobras. O target para PETR3 passou de R$ 34,20 para R$ 33,00, enquanto o preço-alvo de PETR4 passou de R$ 30,40 para R$ 29,30. Os novos preços-alvos, segundo o analista Andrés Kikuchi, incorporam a redução de sua projeção para o câmbio em 2011 e 2012, além dos efeitos da elevação do preço do barril de petróleo nos últimos meses no resultado do segmento E&P (Exploração, Produção e Abastecimento) da companhia.

Vale acompanha queda dos metais
Já a Vale viu suas ações PNA (VALE5) recuarem 3,01%, fechando a R$ 43,17 – bem próximo da sua mínima do intraday, de R$ 43,15. Os papéis ON da mineradora (VALE3), por sua vez, declinaram 2,95%, ficando cotados a R$ 48,36. Já os ativos da Bradespar (BRAP4), veículo de investimentos do Bradesco e que faz parte do bloco de controle da Vale, recuaram 3,85%, para R$ 37,69.

De forma menos acentuada que o petróleo, as commodities metálicas também apresentaram desvalorização nesta sessão por conta dos sinais negativos emitidos pelas principais economias do mundo. Dessa forma, o contrato de cobre com vencimento em três meses fechou com queda de 3,0%. Níquel (-2,22%), alumínio (-2,14%), estanho (-1,97%) e zinco (-1,52%) também encerraram o dia no vermelho.