O secretário de Desenvolvimento Econômico do governador Geraldo Alckmin, Rodrigo Garcia (DEM), recebeu doações de R$ 1 mil em 2006 e R$ 2 mil em 2010 do ex-diretor de vendas da Siemens, Everton Rheinheimer, segundo registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em 2006, Garcia era candidato a a deputado estadual; em 2010, a federal, cargo para o qual foi eleito e licenciou-se em maio de 2011 para ocupar a secretaria.
Em nota, a assessoria de Garcia diz que as doações foram feitas na forma de compra de convite para jantar.
O secretário diz ter visto o ex-diretor da Siemens nesses eventos, mas não manteve relações com ele depois. A venda a Rheinheimer foi feita por colaboradores da campanha, segundo Garcia.
Um irmão do secretário, Marco Aurélio, é investigado pelo Ministério Público e pela Controladoria Geral do Município por suspeita de lavagem de dinheiro da máfia do ISS (Imposto sobre Serviços). Fiscais são acusados de cobrar propina para diminuir o valor do ISS a ser recolhido.
O nome de Marco Aurélio apareceu em dois episódios na apuração sobre os fiscais: 1) o imóvel usado pelo grupo foi alugado pelo empresário e emprestado a Ronilson Rodrigues, acusado de liderar o grupo de fiscais; 2) Marco Aurélio diz que vendeu um flat a Ronilson por R$ 1 milhão, mas a documentação permanece em seu nome porque fizeram contrato de gaveta.
Esse tipo de contrato é usado por quem não tem recursos legais para a compra ou quer esconder o imóvel.
Rodrigo diz não ter relações comerciais com o irmão. Rheinheimer não foi localizado pela reportagem.