O mercado interno aquecido está fazendo com que micro e pequenas empresas do norte e do nordeste brasileiro consigam sobreviver mais de dois anos, tanto é que de cada 100 empresas criadas em 2006, 79 continuaram ativas em 2009 em Roraima, Paraíba e Ceará, segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional).
Censo inédito divulgado ontem pelo Sebrae mostrou que esses três estados encabeçam a lista dos dez estados da federação que registraram maiores taxas de sobrevivência: 73% da novas empresas sobrevivem mais do que dois anos. O diretor-superintendente do Sebrae da Paraíba, Júlio Rafael, confirma esta tendência. “A Paraíba tem vantagem competitiva porque não depende de muitos investimentos estruturantes, e por causa disso há aumento da força do micro e pequeno empresário no estado e uma distribuição regional”, explica. O diretor do Sebrae PB chama de “investimentos estruturantes” aqueles realizados por grandes empresas para construção de um porto ou estaleiro, por exemplo.
Ainda com relação ao ranking dos estados que estão acima da média nacional, em quarto lugar vem Minas Gerais com taxa de sobrevivência de 78%. São Paulo aparece em quinto lugar, com 77% de micro e pequenas empresas que não encerram suas atividades nos primeiros dois anos de existência. Distrito Federal (75%), Piauí (75%), Alagoas (74%), Rondônia (74%) e Espírito Santo (73%) formam os demais estados destacados da lista. No entanto, o sudeste é a única região que apresentou, no censo divulgado ontem, um patamar (76,4%) superior à média nacional.