O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria registrou aumento de 4,9% nos sete primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2010, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário.
Divulgado nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o levantamento aponta um aumento de 1,3% em julho, na comparação com julho do ano passado.
No acumulado dos últimos 12 meses, terminando em julho deste ano, a folha de pagamento real dos trabalhadores registrou alta de 6,3%, a menor expansão desde novembro de 2010, quando foi registrado alta de 5,7%.
O levantamento ainda mostrou que, em julho deste ano, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores, sazonalmente ajustado, registrou ligeira variação positiva, de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, após avançar 0,5% em maio e 0,3% em junho.
Alta em 10 atividades
Considerando os valores pagos pela indústria em julho deste ano, frente ao mesmo mês de 2010, o IBGE constatou alta em 10 dos 18 setores analisados.
Entre eles, os destaques ficaram com meios de transporte (15,5%), alimentos e bebidas (5,3%), máquinas e equipamentos (6,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,0%) e borracha e plástico (7,5%).
Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes no total do país foram assinalados por: indústria extrativa (-30,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-23,0%) e papel e gráfica (-7,4%).
Já no índice acumulado dos sete primeiros meses do ano, o valor da folha de pagamento real mostrou crescimento em onze dos dezoito ramos investigados, com destaque para os ganhos vindos de meios de transporte (12,2%), máquinas e equipamentos (9,4%), alimentos e bebidas (5,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,3%) e metalurgia básica (7,8%).
Em sentido contrário, a atividade de papel e gráfica (-9,3%) exerceu a contribuição negativa mais significativa na média global da indústria.
Crescimento em todas as localidades
De acordo com o IBGE, a alta atingiu todos os locais investigados e a maior influência sobre o total do país permaneceu de São Paulo (3,5%). Outras contribuições relevantes foram assinaladas por Minas Gerais (11,2%), Paraná (8,8%), região Norte e Centro-Oeste (5,7%), Rio Grande do Sul (4,9%) e região Nordeste (4,4%).
Sobre a pesquisa
O IBGE considera, em sua pesquisa mensal, o valor total da folha de pagamento do pessoal ocupado assalariado para o mês de referência. Neste cálculo, estão incluídos, entre outros, salários contratuais, horas extras, 13º salário, aviso prévio e indenizações, comissões e percentagens e participação nos lucros.