As novas descobertas da Petrobras (PETR3,PETR4) anunciadas na última quinta-feira (9) foram recebidas positivamente por analistas de Ativa e Ágora.
Ricardo Corrêa, da Ativa, enfatiza a descoberta no Golfo do México como a mais importante, dado que os 25% de participação da estatal na área com potencial de 700 milhões de boe (barril de óleo equivalente) representam um incremento de 25% nas reservas internacionais e 4% nas reservas totais.
À espera de detalhes
Porém, “o management da empresa afirmou que não há como confirmar qual a participação efetiva da Petrobras na descoberta na medida em que a avaliação do potencial efetivo dos blocos exploratórios ainda depende de novas perfurações”, aponta Corrêa, que aguarda novas notícias para aprofundar sua avaliação do caso.
Já Luiz Otávio Broad, da Ágora, resalta que embora no curto prazo o mais importante seja o aumento da produção e a divulgação do novo plano de negócios, a notícia é de fato positiva para a Petrobras.
Marco no Golfo do México
De acordo com a estatal, a descoberta nas águas ultraprofundas de Hadrian é uma das maiores realizadas no Golfo do México nos últimos dez anos, com estimativas de um volume recuperável superior a 700 milhões de barris de óleo equivalentes.
Localizadas a aproximadamente 400 km a sudoeste de Nova Orleans em uma profundidade de cerca de 2,1 mil metros, as descobertas no conjunto dos blocos Keathley Canyon ocorreram a partir da perfuração do poço KC 919#3, no bloco KC 919.
O projeto está sendo operado pela ExxonMobil, com 50% da participação nos blocos KC 918, KC 919, KC 963 e KC 964. Já a subsidiária da Petrobras, a Petrobras America, detém 50% do bloco KC 918 e 25% dos blocos KC 919, KC 963 e KC 964, os 25% restantes pertencem a Petroleum US LLC.
Espírito Santo
Ao mesmo tempo, a petrolífera anunciou também uma descoberta no Espírito Santo, resultado da perfuração do poço 1-BRSA-926D-ESS a uma profundidade de 1900 metros na área de Concessão BM-ES-23, bloco ES-M-525.
O bloco BM-ES-23, localizado a 115 quilômetros da costa do estado do Espírito Santo, integra um consórcio de exploração onde a Petrobras é a principal operadora, com 65% de participação. As outras integrantes do consórcio são a Shell Brasil Petróleo e a Inpex Petróleo Santos, com 20% e 15% de participação, respectivamente.
De acordo com o comunicado divulgado pela estatal, as atividades na área de concessão do consórcio deverão ser mantidas, já que na mesma área estão em perfuração outros dois poços que integram o Programa Exploratório Mínimo. Assim que o programa estiver concluído, o consórcio irá exigir um plano de avaliação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natual e Biocombustíveis), a fim de delimitar as acumulações descobertas no bloco.