O dólar comercial registra trajetória negativa nesta segunda-feira (9), cotado a R$ 1,6160 na venda, leve baixa de 0,06%, em sessão com fraca agenda de indicadores no exterior e com novas projeções para a economia e indicadores de inflação no Brasil.
Apesar da variação desta segunda-feira, a moeda norte-americana registra alta de 2,73% neste mês de maio, porém uma desvalorização de 3,01% desde o início do ano.
Segundo os consultores da LCA, a tendência para a moeda norte-americana nesta sessão é de queda, “acompanhando o recuo do dólar no mercado internacional”. Há poucos instantes, o dólar registrava queda de 0,06% ante ao iene, cotado a ¥ 80,63, enquanto que o euro registrava variação negativa de 0,31% ante ao dólar, cotado a US$ 1,4325. Na Europa, aumentaram os temores quanto a situação econômica da Grécia.
Projeções e inflação
Mais cedo, o Banco Central divulgou o seu relatório Focus desta semana, com diversas projeções para a economia brasileira. A expectativa dos economistas ouvidos pela autoridade monetária é que a divisa norte-americana encerre o mês de maio cotada a R$ 1,58, ao passo que a projeção para o final do ano indica cotação de R$ 1,62.
Ademais, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou nesta manhã o resultado de abril do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Diferencial Interno), que indicou inflação de 0,50%, resultado em linha com as expectativas do mercado e 0,11 ponto percentual menor que o registrado em março. A queda do índice foi motivada pelos preços no atacado.
Os dados da inflação em linha com as expectativas ou até mesmo abaixo – caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de abril – reforça a perspectiva do mercado de que o aperto monetário via juro básico não vá além dos 0,50 ponto percentual projetados pelo Focus. Entretanto, a mediana das projeções para 2012 agora apontam uma taxa Selic de 12,25% ao ano.
Um aumento maior da taxa Selic tende a aumentar a atratividade do investimento no Brasil para os estrangeiros e, desta forma, reforçar a tendência de valorização do real.