Cinco bancos centrais na Europa, no Japão e nos Estados Unidos divulgaram ontem que acertaram linhas de swap cambial que permitem que o Federal Reserve forneça moeda estrangeira a instituições financeiras americanas.
Conforme o acordo, o Banco da Inglaterra, o Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Suíça e o Banco do Japão devem oferecer suas moedas locais ao Fed para empréstimos a empresas americanas, caso surja a necessidade.
A medida caracteriza uma mudança dos acordos fechados anteriormente, que tratavam do levantamento de dólares americanos para companhias fora dos EUA, à medida que a crise financeira obstruiu o fluxo normal de crédito.
“De um ponto de vista macro, é um reconhecimento de que o problema de financiamento não é mais centrado no dólar”, disse George Gonçalves, estrategista do Morgan Stanley. “Isso se transformou num problema global. Isso me diz que existe uma mudança nos ‘polos’ do problema de financiamento. Enquanto se reduz o problema de financiamento em dólar, o foco agora são essas moedas estrangeiras e instituições financeiras estrangeiras.”
Alan Ruskin, estrategista internacional chefe no RBS Greenwich Capital, disse que as novas linhas de swap são puramente uma contrapartida às linhas de swap de dólar e que não espera que elas sejam utilizadas logo.
As linhas de swap, que foram autorizadas até 30 de outubro, fornecem até 30 bilhões de libras, ? 80 bilhões, 10 trilhões de ienes e 40 bilhões de francos suíços a companhias americanas, informou o Fed em comunicado.
O Fed estabeleceu anteriormente linhas de swap cambial com outros 14 bancos centrais para que eles obtivessem dólares americanos para emprestar em seus mercados. Os primeiros swaps foram estabelecidos em dezembro de 2007 e com o passar do tempo foram estendidos a uma maior variedade de bancos centrais estrangeiros.