Escritórios de advocacia brasileiros associados a grandes firmas internacionais também apostam em um crescimento em 2009, a despeito da crise. Essa é a previsão no Trench Rossi e Watanabe Advogados, associado ao gigante Baker & McKenzie, com sede em Chicago, e no Tauil, Chequer & Mello, associado ao Thompson & Knight, cuja matriz é em Dallas. Esses escritórios atuam diretamente em questões envolvendo a legislação brasileira, porém com o suporte das bancas internacionais, que preferem adentrar no país por meio de associações do que como consultores em legislação estrangeira.
Além do Brasil, a rede Baker & McKenzie possui 70 escritórios espalhados em 38 países, que abarcam cerca de 3,9 mil advogados. Já o associado brasileiro, criado em 1959 com o perfil \” full service\”, tem 152 profissionais, em filiais situadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia. Segundo o sócio do Trench, Rossi Eduardo de Cerqueira Leite, não houve cortes no escritório e a produtividade do Baker & McKenzie tem aumentado nas áreas trabalhista e tributária. De acordo com ele, nos últimos anos a banca passou a atuar mais em áreas como propriedade industrial e em um novo setor de mudanças climáticas, que envolve assuntos como créditos de carbono. \”Em 2009, pretendemos expandir para o setor de agronegócios\”, diz Leite.
Criado em 1991, o Tauil, Chequer & Mello associou-se à banca internacional Thompson & Knight – que possui 14 escritórios pelo mundo – doze anos depois. Segundo o sócio Alexandre Chequer, os planos para 2009 foram mantidos e há previsão de contratar 20 advogados para os escritórios do Rio de janeiro e São Paulo nos próximos meses. Chequer diz que a estratégia é focar em projetos envolvendo a exploração de petróleo e no setor elétrico. \”Percebemos que clientes atrasam ou desistem de projetos em função da crise, mas ao mesmo tempo o crescimento da demanda em reestruturações de empresas está compensando\”, diz Chequer.