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18 de abril de 2024Volkswagen e Scania, duas das maiores fabricantes de caminhões e ônibus do Brasil, retomaram a produção em suas fábricas nesta segunda-feira (27), após cerca de 1 mês de paralisação por conta da pandemia de coronavírus.
Juntas, elas possuem 36,9% do mercado de caminhões e 23,6% do segmento de ônibus.
A Volkswagen, vice-líder nas duas categorias, havia interrompido a fabricação de veículos comerciais em Resende (RJ) em 25 de março.
O retorno, no entanto, será gradual, e com redução de jornada e salário em 25%. Dos 4,5 mil funcionários, 1.000 retornaram ao trabalho nesta segunda.
Para aqueles que estão trabalhando, a empresa diz que adotou medidas preventivas, como higienização dos ônibus fretados e redução do número de usuários em cada veículo, restrição da capacidade dos restaurantes, uso de máscaras e equipamentos de proteção individual específicos para cada atividade, entrega de máscaras descartáveis para visitantes e motoristas, entre outros.
A Scania, quarta maior fabricante de caminhões e ônibus do país, também retomou as atividades de forma parcial em São Bernardo do Campo (SP).
A empresa disse que fez alterações nos ônibus fretados, portarias, restaurantes, além de ter criado um segundo turno, para reduzir a aglomeração na fábrica. Por fim, a Scania afirmou que criou uma linha direta 24 horas com o departamento médico para atendimento dos colaboradores.
A Volvo, terceira marca que mais vende caminhões, e que tinha previsto o retorno da produção para esta segunda-feira (27), decidiu adiar o reinício das operações em uma semana.
Agora, parte dos 3,7 mil funcionários da unidade de Curitiba, devem voltar ao trabalho na próxima segunda-feira, 4 de maio. Eles aprovaram a redução de 25% na jornada de trabalho e no salário. Outra parte dos funcionários terá os contratos suspensos.
A Mercedes-Benz, marca líder entre veículos comerciais, tem o retorno da produção previsto para a próxima segunda-feira (4). A empresa anunciou que vai suspender contratos e reduzir as jornadas de trabalho na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
As medidas incluem ainda a garantia dos empregos. De acordo com a Mercedes, a suspensão temporária de contratos atingirá os colaboradores ligados diretamente à produção e funcionará em duas etapas:
Na primeira, cerca de 50% dos funcionários serão afastados entre 4/5 e 30/6;
Na segunda, com o retorno dos primeiros afastados, os outros 50% serão suspensos de 1/7 a 31/8;
A redução dos salários será feita de acordo com o patamar salarial de cada funcionário.
Já a redução de 25% da jornada entre 4/5 e 31/7 será dedicada apenas aos cargos administrativos que não estejam ligados à produção. Os funcionários que tiverem condições seguirão trabalhando em casa.
Em entrevista ao G1, o presidente da empresa, Philipp Schiemer afirmou que espera queda de, pelo menos, 20% nas vendas em 2020.