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18 de abril de 2024O ano de 2021 se destacou também nas vendas de aço, que atingiram 4,8 milhões de toneladas, o maior volume registrado desde 2013 e alta de cerca de 30% quando comparado com 2020. Cerca de 90% do volume de vendas da empresa foram direcionados ao mercado interno e o restante às exportações. No quarto trimestre, as vendas ficaram em 1,1 milhão de toneladas de aço, cerca de 11% inferiores às registradas no terceiro trimestre.
Já a Mineração Usiminas contabilizou um volume de vendas de minério de ferro de 9 milhões de toneladas, recorde anual. Em 2020, o volume de vendas atingiu 8,7 milhões de toneladas. No trimestre, o número ficou em 2,6 milhões de toneladas, 7,7% superior ao registrado no período anterior (3T21), de 2,4 milhões de toneladas.
“Os resultados de 2021 vêm em sequência à 2020. Foram dois anos de pandemia. O resultado de 2020 foi o melhor de um período de 12 anos. Agora, em 2021, foi o melhor resultado da história da empresa. Nós atingimos um Ebitda de R$ 12,8 bilhões, um lucro líquido superior a R$ 10 bilhões, ambos números recordes. Um caixa superior a R$ 7 bilhões, também recorde”, avalia o presidente da companhia, Sergio Leite.
“Foram resultados muito significativos, todas as cinco empresas com resultados positivos e um trabalho muito grande da equipe Usiminas, que construiu esse resultado de uma forma muito forte. Mesmo em 2020 tivemos o melhor resultado de 12 anos e performamos muito bem. 2021 foi melhor ainda, apesar da pandemia. Foi o melhor resultado da história, em 60 anos de operação”, completa.
Ao longo do ano, a empresa investiu ainda em diversas frentes de sua estratégia de sustentabilidade. Dentre elas, o destaque é para: adesão ao Pacto Global da ONU, incorporação de temas relacionados à governança ambiental, social e corporativa (ESG) na remuneração variável da diretoria e realização e divulgação do inventário de emissões de carbono no GHG Protocol.
A Usiminas também lançou um programa para engajar clientes e fornecedores nessa agenda. Vale destacar, também, a inclusão da companhia no Índice de Carbono Eficiente (ICO2), da B3 S/A. Com isso, ela passa a fazer parte de uma lista de empresas brasileiras com compromissos claros, diretos e efetivos ligados ao controle dos impactos do aquecimento global e dos gases do efeito estufa.
Segundo o presidente, para 2022, a companhia vai aumentar em cerca de 40% os investimentos, em relação ao ano passado.
“Vamos investir esse ano R$ 2,05 bilhões. Esse valor está concentrado da seguinte maneira: R$ 1,650 bilhão para a siderurgia, R$ 350 milhões na mineração e R$ 50 milhões na Soluções Usiminas. Na siderurgia, desse total, R$ 650 milhões vamos investir na reforma do Alto-Forno 3, que vai terminar no ano que vem. O restante vamos investir em sustentabilidade das nossas operações, em eliminação de obsolescências, meio ambiente, segurança.”
Leite explica que a reforma do Alto-Forno 3, localizado na unidade de Ipatinga, também vai demandar um grande investimento.
“É um projeto que se desenvolve durante quatro ou cinco anos e termina com a parada do equipamento para a reforma. Há uma etapa de preparação muito grande. No dia 23 de abril de 2023, ele vai parar e voltamos com o equipamento no dia 10 de agosto. É uma parada de 110 dias e o total deste investimento é de R$ 2,88 bilhões. É mais do que nós vamos investir esse ano, nas cinco empresas.”
Neste ano, a companhia vai gastar R$ 650 milhões nos preparativos para essa obra, que começaram desde o ano passado. “Esse ano, eles se intensificam, culminando com o investimento do ano que vem.”
O presidente destaca ainda os investimentos em mineração feitos no ano passado e os planos para esta área em 2022.
“Tivemos um grande investimento em mineração no ano passado, na filtragem e empilhamento a seco de rejeitos. Foi um investimento de R$ 230 milhões. Esse equipamento entrou em operação no ano passado e colocou a Mineração Usiminas no estado da arte, a nível internacional, de mineração de ferro. Eliminamos a utilização de barragens. Para este ano, vamos investir R$ 350 milhões em dezenas de projetos, nas diversas unidades da mineração. Não existe, para este ano, um grande projeto.”
Leite ressalta ainda a geração de empregos decorrentes desses investimentos.
“Na execução dos investimentos tem uma geração de empregos grande e, depois que as unidades operacionais são inauguradas, também há a geração de empregos. No caso do Alto-Forno 3, durante a obra nos 110 dias, vamos gerar cerca de 6 mil empregos.”
Na Usina de Ipatinga a produção de aço bruto encerrou o ano passado com um volume de 3,2 milhões de toneladas, superior em cerca de 15% ao registrado no ano de 2020 (2,8 milhões de toneladas).
Já a produção de laminados nas usinas de Ipatinga e Cubatão totalizou 5 milhões de toneladas no ano passado, aumento de cerca de 35% quando comparado ao ano anterior (3,7 milhões de toneladas). Foram processadas ainda 2,3 milhões de toneladas de placas adquiridas. Em 2020, o número foi de 1,2 milhão de toneladas.
O quarto trimestre foi encerrado com uma produção de aço bruto na Usina de Ipatinga de 723 mil toneladas, queda de 21,8% em relação ao trimestre anterior (3T21), quando foram produzidas 924 mil toneladas.
Na Mineração, o ano de 2021 foi encerrado com um volume de produção recorde para a unidade. Foram 9,1 milhões de toneladas de minério de ferro produzidas, um aumento de 4,6% comparado ao ano anterior, que registrou 8,7 milhões de toneladas. Já em relação ao último trimestre do ano, a produção da Mineração atingiu 2,5 milhões de toneladas, em linha com o terceiro trimestre.
Na Soluções Usiminas – empresa que atua no mercado de distribuição de aço, serviços, fabricação e venda de tubos de pequeno diâmetro – a receita líquida totalizou R$ 8,5 bilhões em 2021, recorde para a unidade. O resultado é 122% superior ao de 2020, quando ficou em R$ 3,8 bilhões. O avanço se deu pelos melhores preços praticados e maiores volumes de vendas.
Após um 2021 de bons resultados, Leite analisa as perspectivas de consumo de aço e minério de ferro para este ano.
“O que existe este ano é que, depois de um ano de forte crescimento, o PIB vai crescer pouco. Acho que, para este ano, o Brasil está prevendo um crescimento do consumo de aço em torno de 1,5%. É um crescimento pequeno. Devemos ter, em termos de volume, a mesma situação do ano passado. No mercado internacional, o consumo de minério é muito grande e não deverá haver redução desse consumo. No Brasil, não vamos ter um crescimento igual ao ano passado, em relação a 2020, mas a expectativa é de que haja um pequeno crescimento.”