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18 de abril de 2024Os EUA realizam nesta terça-feira a mais acirrada eleição legislativa dos últimos oito anos, mas podem encerrar a noite de apurações sem a principal informação da temporada política de 2014: qual partido, o Democrata ou o Republicano, terá o maior número de senadores. Dois dos nove principais campos de batalha pela maioria — os estados da Louisiana e da Geórgia — exigem que o candidato atinja maioria simples para ser eleito. Como as pesquisas indicam que nenhum concorrente alcançará a marca, deverá haver segundo turno em ambos, em dezembro e janeiro, respectivamente, podendo jogar o fim do suspense para 2015, após o novo Congresso tomar posse. Atualmente, os democratas comandam 55 senadores, incluindo os dois independentes, e os republicanos têm uma bancada de 45.
Nas pesquisas para a Louisiana, o republicano Bill Cassidy aparece com 48,8% das intenções de voto, contra 44% da democrata Mary Landrieu. Na Geórgia, o republicano David Perdue tem 46,8% e a democrata Michelle Nunn, 43,8%. Um segundo turno tende a favorecer os republicanos devido à abstenção mais baixa dos eleitores que tradicionalmente votam no partido. Mas, com o voto negro importante nos dois estados, Landrieu e Nunn acreditam que podem mobilizar a comunidade afro-americana e apostar na fadiga dos eleitores brancos e mais velhos. Nunn, por exemplo, tem 85% dos votos dos negros que declararam intenção de ir às urnas.
A possibilidade combinada de segundo turno na Geórgia e na Louisiana, e de eleição do independente Greg Orman no Kansas — a expectativa é que ele vote com a Casa Branca — é um dos últimos fios de esperança dos democratas para conservar o controle do Senado, contrapondo-se à Câmara, na qual o domínio republicano deverá ser ampliado. Mesmo assim, a oposição tem outros caminhos para chegar a 51 senadores. Já os democratas precisam praticamente de um milagre.
— É muito mais provável que os republicanos controlem o Senado, já que as disputas estão concentradas em estados mais amigáveis a eles. A base democrata tem índice de abstenção maior nos pleitos entre as presidenciais. Com a popularidade de Obama arranhada, a percepção ruim sobre a economia, o ambiente nacional também não é positivo para os democratas. Tudo conspira para ser o ano dos republicanos — explica o cientista político Kenneth Goldstein, da Universidade de São Francisco.
De fato, três projeções dão como certa, em maior ou menor grau, a vitória dos republicanos: segundo o jornal “The Washington Post”, há 96% de chances; o estatístico Nate Silver dá 73%; e o jornal “The New York Times”, 68%.
Das 100 vagas no Senado, 36 estão abertas em 2014, mas apenas 13 estão de fato sendo disputadas. Três cadeiras disponíveis por aposentadoria de democratas, em estados de matiz conservador, migraram para a coluna republicana, pois a oposição abriu ampla vantagem: Montana, Dakota do Sul e Virgínia Ocidental. No último mês, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, que chegou a ser ameaçado por Alison Lundergan Grimes, pulou na dianteira, praticamente selando a reeleição.
Sobraram os nove estados que serão monitorados com lupa esta noite: Alasca, Arkansas, Carolina do Norte, Colorado, Geórgia, Iowa, Kansas, Louisiana e New Hampshire. O cenário que emergiu da última rodada de pesquisas é desolador para os democratas. Numericamente, o partido de Obama só lidera em dois dos nove estados, pela média computada pelo “site” RealClearPolitics. Se os dados forem confirmados pelas urnas, a vitória republicana seria de lavada, com a bancada de oposição à Casa Branca subindo de 45 para 53 senadores.
Os democratas estão confiantes em New Hampshire e Carolina do Norte, que votaram em Obama em 2008 e 2012 e dos quais surgem números positivos da eleição pelo correio. Porém, amargam perspectiva negativa em dois estados que, no início do ano, davam como certos em sua coluna: Iowa e Colorado. Ambos elegeram o presidente seguidamente, mas se rebelaram, levando os candidatos republicanos à liderança nas pesquisas no último mês.
Na tentativa de virar o jogo, os democratas jogaram todas as fichas no trabalho de campo, para tirar de casa eleitores minorias, mulheres solteiras e jovens. No fim de semana, Bill e Hillary Clinton se desdobraram na estrada, vistando seis estados. Obama, visto como ameaça ao partido nos estados conservadores, concentrou-se em campanhas nos solidamente democratas. Já o vice Joe Biden sinalizou otimismo a militantes e voluntários, afirmando que o partido manterá o Senado.
Eleitores vão às urnas decidir a composição das 445 vagas na Câmara, e em 36 estados escolherão governadores. Hoje, os democratas comandam 21 governos e os republicanos, 29.