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7 de dezembro de 2021A gigante dos hidrocarbonetos Royal Dutch Shell anunciou sua retirada de um projeto de campo de petróleo nas costas das ilhas Shetland da Escócia, onde tinha uma participação de 30%, decisão aplaudida pelos grupos ambientalistas.
Após uma \”revisão exaustiva\” do projeto Cambo, a Shell afirmou em um comunicado na quinta-feira à noite que chegou à conclusão de que \”o interesse econômico por investir neste projeto não é suficientemente sólido no momento\”.
O projeto, que aguarda o sinal verde do governo britânico, se tornou um campo de batalha para as ONGs ambientalistas, que pedem que seja abandonado. A Greenpeace organizou uma manifestação em Londres no início de outubro que resultou na detenção de vários ativistas.
O campo de Cambo contém o equivalente a mais de 800 milhões de barris de petróleo, dos quais 170 milhões deveriam ser extraídos na primeira fase do projeto e 70% é propriedade da Siccar Point Energy, apoiada pela empresa de capital privado americana Blackstone, e 30% pertence à Shell UK.
A decisão da Shell \”deve dar o golpe de misericórdia a Cambo\”, elogiou o Greenpeace em um comunicado, afirmando que o governo de Boris Johnson \”está cada vez mais sozinho em seu apoio ao campo\”.
A Oxfam também celebrou uma decisão \”positiva\” e pediu ao Executivo britânico que \”vete a produção de Cambo e outros campos de petróleo do Reino Unido\”.
O CEO da Siccar Point Energy, Jonathan Roger, se mostrou \”decepcionado\” com a decisão da Shell, mas afirmou que sua empresa \”continuará colaborando com o governo britânico e as partes interessadas no futuro desenvolvimento de Cambo\” e afirmou estar em negociações com seus sócios para \”explorar opções\”.
\”Uma transição abrupta, que reduza a produção de petróleo e gás do Reino Unido, colocaria em risco os empregos e tornaria o país dependente das importações\”, acrescentou a empresa em um comunicado
O Reino Unido, que deseja alcançar a neutralidade do carbono em 2050, pretende seguir explorando no momento o petróleo e o gás em seu território para depender menos dos hidrocarbonetos importados, que continuam representando 75% de sua combinação energética.
