O Senado dos Estados Unidos confirmou, nesta quarta-feira (11), o primeiro dos embaixadores do presidente Joe Biden numa capital estrangeira, para o México, após uma demora incomum em meio a um confronto com um crítico republicano.
O Senado, em uma maratona antes do recesso de agosto, aprovou Ken Salazar, um ex-senador democrata que fala espanhol e é conhecido por seu bom relacionamento com legisladores de ambos os lados políticos.
A confirmação de Salazar, por meio de uma votação unânime, quebrou o bloqueio estabelecido pelo senador Ted Cruz, um proeminente republicano e crítico feroz de Biden.
Cruz usou táticas processuais para paralisar as nomeações de Biden porque se opõe à isenção de sanções ao projeto Nord Stream 2, um oleoduto que está sendo construído da Rússia à Alemanha e que os Estados Unidos e países do Leste Europeu temem que fortaleça Moscou.
O governo Biden compartilha essas preocupações, mas argumenta que o oleoduto estava quase concluído quando ele assumiu o cargo. E chegou a um acordo com a Alemanha que inclui maior apoio à Ucrânia.
Falando à imprensa em 2 de agosto, o secretário de Estado Antony Blinken disse que mais de 65 candidatos aguardavam confirmação para \”cargos cruciais de segurança nacional\”.
Salazar, que também foi secretário do Interior, assumirá uma relação muitas vezes difícil com o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, que formou uma aliança inesperada com o antecessor de Biden, Donald Trump, um crítico fervoroso da imigração.
Em sua audiência de confirmação, Salazar disse que trabalharia com o México para \”proteger\” as \”fronteiras compartilhadas e criar uma estrutura ordenada, segura e humana para a migração\”, uma questão política fundamental nos Estados Unidos.