JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
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18 de abril de 2024Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal (PF) cumpre mandados de buscas e apreensões, nesta quarta-feira (27/5), no âmbito do inquérito que apura fake news e ofensas contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Estão sendo cumpridas 29 ordens judiciais no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Mato Grosso, no Paraná e em Santa Catarina. A corporação não passou mais detalhes da operação. Não há mandados de prisões.
Mas o Correio apurou que entre os alvos das ações da Polícia Federal estão o blogueiro Allan dos Santos, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL/SP) e o empresário Luciano Hang. Todos são aliados do presidente Jair Bolsonaro.
Deputados federais do PSL, partido que o presidente foi eleito e deixou no ano passado, também são alvos da operação. Os parlamentares Carla Zambelli (SP), Bia Kicis (DF) e Daniel Silveira (RJ) devem prestar depoimento por determinação de Moraes.
A investigação busca identificar quem são os articuladores, financiadores e apoiadores do esquema montado para propagar ataques contra políticos e instituições. Moraes determinou que os parlamentares federais sejam ouvidos para esclarecer eventuais participações no caso.
Informações obtidas pelo Correio apontam que as investigações desta quarta-feira estão relacionadas com o inquérito que investiga manifestações antidemocráticas, que pediram intervenção militar nos últimos meses.
Sem citar a operação, o empresário Luciano Hang publicou nas redes sociais um pedido para que \”viva feliz e não veja notícias ruins\”.
Já Carla Zambelli defendeu o impeachment de um ministro do STF, mas não citou nomes e alegou que vivemos em um \”Estado de exceção\”. A parlamentar também afirmou que não foi alvo de busca e apreensão.
O inquérito foi aberto em 14 de março do ano passado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli. Na ocasião, o ministro não citou os nomes de investigados, decretou sigilo de Justiça no caso e disse que “seriam investigados ataques à Corte e aos seus integrantes”. A abertura de investigação gerou polêmica.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, recentemente, doze perfis com prática sistemática de ataques STF nas redes sociais já foram mapeados pelo inquérito. A investigação corre sob sigilo e deve ser concluída ainda neste semestre, quando seguirá para o Ministério Público.
No âmbito do inquérito, Alexandre de Moraes também cobrou, nessa terça-feira (27/5), explicações do ministro da Educação, Abraham Weintraub sobre a declaração feita na reunião de 22 de abril, quando Weintraub afirmou que, por ele, \”botava esses vagabundos todos na cadeia\”, \”começando no STF\”. O titular do Ministério da Educação terá agora cinco dias para prestar depoimento à Polícia Federal.