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18 de abril de 2024A massa de rendimentos, indicador que combina o nível de ocupação e o rendimento médio real dos trabalhadores, registrou queda em um período de 12 meses pela primeira vez na série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em agosto, a massa de rendimentos reais dos ocupados recuou 1,1% na comparação com o mesmo mês de 2010 no conjunto das sete regiões metropolitanas pesquisadas pelas entidades.
A série teve início em 2009, quando a região metropolitana de Fortaleza foi incluída no levantamento, que também considera as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. Em relação a julho a massa de rendimentos manteve estabilidade.
Na região metropolitana de São Paulo o comportamento da massa de rendimentos dos ocupados foi semelhante. Ela caiu 0,9% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2010, recuo que não acontecia desde junho de 2009, quando o indicador reduziu 0,02% ante junho de 2008. Na comparação com julho de 2011, a massa caiu 0,6%. Na opinião do economista da Fundação Seade Alexandre Loloian, a queda da massa de rendimentos está relacionada à elevada base de comparação do ano de 2010. “O comportamento da massa no ano passado empinou a curva do indicador”, afirmou. Segundo ele, ao longo dos últimos anos a massa de rendimentos costumava ter seu desempenho mais ligado à ocupação, já que a renda registrava um comportamento tímido. No ano passado, porém, tanto a ocupação quanto o rendimento aumentaram, gerando um crescimento substancial da massa, que chegou a registrar alta de 13% na comparação de 12 meses ao longo do ano passado.
Para a economista do Dieese Patricia Lino Costa, o comportamento da massa deve ser acompanhado com cautela. “A massa de rendimentos foi o grande patrimônio que gerou o crescimento do País nos últimos anos. Preocupa-nos qual será o comportamento da massa daqui para a frente”, afirmou. “Quando a massa não cresce, a sociedade consome menos e gera menos emprego no comércio e nos serviços.”
Apesar disso, o desemprego voltou a cair no mês de setembro. Na região metropolitana de São Paulo, o desemprego recuou para 10,6%, ante 11,2% em agosto. Foi a menor taxa para mês desde setembro de 1990, quando o desemprego foi de 10,2%. No indicador do conjunto das sete regiões metropolitanas, que teve a série iniciada em 2009, o desemprego passou de 10,9% em agosto para 10,6% em setembro, comportamento avaliado como estável pelas entidades. Foi a menor taxa para o mês desde o início da série. “Em setembro voltamos a ter a redução do desemprego esperada para esta época do ano”, disse Loloian.
Desemprego fica estável na Região Metropolitana de Porto Alegre
A taxa de desemprego permaneceu estável na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), apontou a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada ontem pelo Dieese, Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Fundação de Economia e Estatística (FEE) e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O desemprego da População Economicamente Ativa (PEA) se situou em setembro em 7,7%, o mesmo indicador levantado em agosto. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o índice é menor em 0,8 pontos percentuais, e torna a estatística de setembro a menor da série histórica.
O contingente de desempregados foi estimado em 162 mil pessoas, um acréscimo de 2 mil em relação ao mês anterior, pois o crescimento no nível ocupacional (24 mil pessoas) foi um pouco inferior ao aumento da força de trabalho na RMPA (26 mil pessoas). O nível ocupacional cresceu 1,3% de agosto a setembro, totalizando 1,941 milhão de trabalhadores. “É importante que a região está conseguindo manter a taxa de desemprego abaixo dos níveis de 2010”, afirmou Dulce Vergara, economista da FEE.
Indústria e Serviços impactaram favoravelmente as contratações. De agosto para setembro, a Indústria ampliou o quadro de empregados em 4,6%, e Serviços, em 1,2%. Por outro lado, o Comércio reduziu seus quadros em 0,3%, e a Construção Civil, em 4,9%. Os rendimentos apresentaram variação negativa entre agosto e julho, em parte refletindo as contratações de final de ano, que pagam menos do que a média. Os ganhos dos assalariados caíram 0,7% e dos autônomos, 4%, ficando, respectivamente, em R$ 1.402,00 e R$ 1.209,00