Esquema dos “Anões do Orçamento” manipulava emendas
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18 de março de 2014Lácteos Brasil terá de justificar ao Ministério Público Estadual (MPE) por que reincidiu ao processar cerca de 300 mil litros de leite adulterados com formol em duas de suas marcas, a Líder e a Parmalat. Se agiu irregularmente, poderá sofrer uma multa ainda mais pesada que a anterior.
Na sexta-feira passada, na quarta fase da Operação Leite Compen$ado — lançada em 8 de maio de 2013 pelo MPE e Ministério da Agricultura —, foram apreendidos 15 caminhões e preso o dono de posto de resfriamento Odir Pedro Zamadei, de Condor, suspeito de adicionar formol no leite. O produto foi entregue à LBR, com sede em Tapejara, que enviou a carga para as suas unidades de Lobato (PR) e Guaratinguetá (SP).
Neste domingo, o promotor de Defesa do Consumidor do MPE, Alcindo Bastos da Silva Filho, anunciou que chamará a LBR para apresentar defesa. Também analisará se a empresa descumpriu o termo de ajustamento de conduta (TAC), firmado em 2013, quando lotes das marcas Líder e Bom Gosto foram apanhados com ureia e formol.
Alcindo Filho lembrou que a LBR se comprometera a informar o Ministério da Agricultura se recebesse leite duvidoso, além de aperfeiçoar seu laboratório de testes. Da multa de R$ 1,8 bilhão, já pagou seis das 24 parcelas.
A assessoria de imprensa da LBR não foi localizada para se manifestar. Na sexta-feira, a empresa divulgou nota garantindo que havia testado a carga, sem encontrar “anormalidades”.
A LBR nasceu em 2010 com a fusão entre a LeitBom (controlada pela Monticiano Participações, que tem como acionista a dona da Parmalat no Brasil) e a gaúcha Bom Gosto, do empresário Wilson Zanatta, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat).
