A atuação da Moody’s Investors Service, da Standard & Poor’s (S&P) e de algumas outras empresas de classificação de crédito se distancia de partes de um código de conduta internacional que pretende reforçar sua independência, concluiu um grupo especial de reguladores da União Europeia (UE). A linha da Fitch Ratings, da Dominion Bond Rating Service e da A.M. Best também diverge de algumas cláusulas do código, sem explicar suficientemente por quê, disse a Comissão de Reguladores de Valores Mobiliários Europeus em relatório. Apesar disso, a comissão, sediada em Paris, disse que as agências de avaliação, em linhas gerais, cumprem as diretrizes mundiais.
Embora o código internacional não seja de cumprimento obrigatório, a UE, de 27 países, concordou no mês passado em impor normas mais rígidas, em sua primeira regulamentação direta do setor de classificação de crédito. A comissão disse que a Moody’s, a S&P e a Fitch – as três maiores empresas de classificação – divergem de algumas das cláusulas do código no que se refere a títulos financeiros estruturados, que foram acrescentadas no ano passado como reação à crise de crédito mundial.
“Elas inseriram, de modo geral, cláusulas adicionais” em suas próprias diretrizes práticas, “que poderão enfraquecer as cláusulas relevantes”, disse a comissão. As diretrizes mundiais foram formuladas pela Organização Internacional de Comissões de Valores Mobiliários, que inclui a maioria das autoridades do mercado mundial, entre as quais as da UE. Telefonemas à S&P, à Dominion e à A.M. Best não tiveram retorno ou resposta imediata. Os e-mails endereçados à Moody’s e à Fitch não foram prontamente respondidos.