A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a cassação do habeas corpus que revogou a prisão de José Richa Filho, o Pepe Richa, irmão do ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e outros investigados na Operação Integração II, que é a 55ª fase da Operação Lava Jato.
No recurso, ela pede que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconsidere a decisão ou remeta o caso para julgamento da Segunda Turma. A decisão mandou soltar 15 investigados.
Ex-governador Beto Richa deixa a prisão após decisão de Gilmar Mendes
O motivo é que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), a decisão do ministro partiu de um entendimento equivocado ao considerar que fatos investigados na Operação Integração II eram objeto também da Operação Rádio Patrulha, do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
A Integração II investiga suspeita de pagamento de propina em contratos de rodovias do Paraná. A Rádio Patrulha, por sua vez, investiga desvios de dinheiro em um programa para recuperação de estradas rurais do estado.
Para a procuradora-geral, apesar de envolver as mesmas pessoas, as investigações são distintas.
Além disso, Raquel Dodge considerou que o \”requerente sumeteu direta e especificamente sua pretensão ao STF, com supressão de instâncias e ofensa ao princípio constitucional do juiz natural\”.
A reportagem tentou contato com a assessoria de Pepe Richa, mas não teve retorno. Ele e o irmão têm negado as supostas irregularidades.