O G20, grupo das principais economias desenvolvidas e emergentes,
pretende dotar o Fundo Monetário Internacional (FMI) com os recursos
adequados para estancar uma eventual propagação da crise. O compromisso
consta do projeto de comunicado final da reunião dos ministros das
Finanças do grupo, que ocorre hoje (15) em Paris.
Segundo agências francesas, os 20 países mais ricos e emergentes
prometem discutir mais detalhadamente o assunto durante o próximo
encontro em Cannes, no Sul da França, em 3 e 4 de novembro.
Os recursos para o FMI estão no centro das discussões do G20. Vários
países emergentes, entre os quais a China, o Brasil e a Índia, se
mostram favoráveis a um reforço dos recursos do FMI. Os aportes devem
ser suficientes para estancar uma eventual propagação da crise das
dívidas soberanas a pesos pesados como a Itália ou Espanha e ao conjunto
da economia mundial.
A França, que preside ao G20 até a reunião de Cannes, também está a
favor de reforçar os recursos, assim como a diretora-geral do FMI,
Christine Lagarde. Em contrapartida, a Alemanha mostra-se mais
reservada, e os Estados Unidos, principal contribuidor do FMI, estão
contra, considerando que a instituição multilateral se encontra dotada
dos meios suficientes.
O G20 deverá ainda reiterar na reunião de hoje o seu compromisso a
favor do crescimento mundial e o apoio aos bancos. O comunicado também
saudará os progressos na resolução da crise na zona do euro, ao mesmo
tempo em que pedirá a apresentação de um plano viável pelos países do
bloco econômico até o encontro de Cannes.