Representantes dos países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) vão se reunir em abril, em Brasília, e deverão concentrar os debates nas questões financeira e econômica. A ideia é que ocorra uma cooperação entre os quatro países. Em comum, há o fato de a crise econômica mundial do ano passado ter afetado de forma menos marcante essas regiões. Também estará em pauta a cooperação energética.
“Em face da crise financeira mundial, os quatro países executaram bem e percebi a importância de uma maior cooperação”, disse o subsecretário de Assuntos Políticos II do Ministério de Relações Exteriores, Roberto Jaguaribe
O diplomata foi China para participar da preparação do encontro de Brasília. Segundo ele, há um desejo de todos os integrantes do BRIC de buscar um progresso gradual na economia. De acordo com Jaguaribe, não há conflitos, nem ameaças a outras nações na parceria dos quatro países. Ele comentou que os países em desenvolvimento na África, na América Latina e no Sudeste Asiático também desempenham papel preponderante no crescimento da economia mundial.
Estados Unidos
No caso das relações dos Estados Unidos com a América Latina, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deverá vir ao Brasil até meados do segundo semestre deste ano. A ideia é ampliar as relações, a partir do contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na ocasião, deve ser assinado um acordo de cooperação comercial entre norte-americanos e brasileiros. O acordo deve incluir temas controversos, como etanol e suco de laranja.
Antes da visita de Obama, a secretária de estado, Hillary Clinton, virá a Brasília ainda neste semestre. O objetivo é definir os termos do acordo de cooperação que deve se basear na consolidação de um mecanismo de consulta para promover o comércio e investimentos.
O documento não irá acabar com as tarifas nem com as barreiras comerciais, mas servirá como instrumento de facilitação de negociações bilaterais.
As visitas de Obama e Hillary foram alinhavadas nos últimos dias entre diplomatas norte-americanos e brasileiros. Obama aguardava apenas oficializar o nome do novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, para confirmar a visita a Brasília. Na quinta-feira, Shannon entrega as credenciais a Lula. Na segunda-feira, o governo Obama fez uma cerimônia de confirmação de Shannon no cargo, no prédio do Departamento de Estado.