Os parlamentares gregos devem aprovar um imposto sobre o setor imobiliário, destinado a cobrir um rombo de cerca de € 2 bilhões no orçamento, a ser coletado por meio das contas de energia elétrica. Segundo noticiaram agências internacionais, a medida é o primeiro teste sobre a capacidade do governo de obter apoio para uma nova onda de aperto anunciado na semana passada e convencer o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a União Europeia sobre um empréstimo no valor de € 8 bilhões.
O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, disse que os inspetores pediram garantias por escrito de que o país implantará as medidas anunciadas até o próximo fim de semana. “Estamos no momento da verdade para a Grécia,” disse na véspera um porta voz para assuntos econômicos da União Europeia, Amadeu Altafaj. Segundo ele, esta é a última chance de evitar um colapso na economia grega. De acordo com analistas, o imposto sobre a propriedade é uma medida de curto prazo que não vai evitar o calote, visto como inevitável pela maioria dos economistas.
Diante da aplicação de novas medidas de austeridade, ativistas se comprometeram a intensificar as manifestações no centro de Atenas, provocando confrontos com a polícia de choque. A manifestação começou no último domingo e conta com aproximadamente duas mil pessoas.
Encontro marcado
O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, estará em Berlim para uma reunião com a chanceler alemã Angela Merkel para discutir a crise grega, que tem preocupado toda a Europa. Na véspera, a chanceler alemã afirmou que o não cumprimento grego destruirá a confiança na Zona Euro provocando um efeito contágio.
Vale lembrar que as negociações entre o governo grego e a Troika – entidade internacional formada União Europeia, FMI (Fundo Monetário Internacional) e o BCE (Banco Central Europeu) – foram suspensas no começo deste mês, na recusa de Atenas em adotar mais medidas de austeridade.