Paulo Gallotti se aposenta no STJ e vaga poderá ser do gaúcho Armínio
13 de maio de 2009‘Regime de metas do Brasil é consistente’
18 de maio de 2009A solução apresentada pelo governo de tributar depósitos acima de R$ 50 mil na caderneta de poupança esconde, nas entrelinhas, uma aposta de que a queda da Selic será temporária, devendo ocorrer a retomada dos antigos patamares do juro básico logo após a retomada da economia. A aposta é de especialistas do setor. “A minha conclusão é que eles [o governo] acham que a redução da taxa de juros é transitória. A taxa de juros está caindo por causa da crise. Não foi aberta nenhuma janela de oportunidades”, disse Carlos Eduardo Thadeu de Freitas, ex-diretor do Banco Central. “Foi uma decisão mais política do que técnica”, avaliou o diretor-executivo de Finanças da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Roberto Vertamatti.
Para Freitas, a decisão de ontem não traz, na prática, efeitos sobre a caderneta de poupança. Ele disse que considera baixa a alíquota a ser aplicada e que essa tributação atingirá somente aplicações de maior valor. Quanto à compensação da medida, por meio da redução da tributação para operações como as de renda fixa, Freitas avaliou que, ao anunciar uma expectativa de renúncia fiscal de R$ 3 bilhões, o governo sinalizou que a Selic, no momento mais baixo, oscilará entre 9,5% e 9,75%. Se os juros caíssem para 9% ou 8,75%, a renúncia fiscal aumentaria para valor entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões, calculou o ex-diretor do BC.
Diplomaticamente, a Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid) divulgou nota informando que “entende que as mudanças anunciadas pelo governo são um primeiro passo no sentido de adequar o mercado financeiro aos novos níveis de taxas de juros da economia”.
