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18 de abril de 2024A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira a 19ª fase da Operação Lava-Jato – a maior ação de combate à corrupção da história recente do Brasil – apelidada de “Nessun Dorma”. Os policiais prenderam o lobista ligado ao PMDB João Augusto Henriques e um dos três donos da empreiteira Engevix, José Antunes Sobrinho.
São cumpridos 11 mandados ligados a irregularidades envolvendo pessoas ligadas aos núcleos de apuração do ex-ministro José Dirceu, do ex-diretor de Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada e do ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro, todos presos em etapas anteriores.
Henriques foi preso temporariamente – por cinco dias – no Rio de Janeiro. Ele admitiu em conversa gravada em 2013 que pagava propinas para políticos do PMDB a partir de contratos com irregularidades na Petrobras. Ele chegou a dizer que, de um negócio de US$ 800 milhões com a empreiteira Odebrecht, US$ 8 milhões foram parar nas mãos do então tesoureiro do PT João Vaccari Neto, nas eleições de 2010, quando a presidente Dilma Rousseff foi eleita pela primeira vez.
José Antunes Sobrinho foi preso preventivamente. Ele é suspeito de pagar R$ 140 milhões em propinas na Eletronuclear para uma empresa de Othon Pinheiro, a Aratec. Ele é um dos três donos da Engevix – além de Cristinano Kok e Gérson Almada, este último em prisão domiciliar.
Na “Nessun Dorma”, os policiais federais cumprem sete mandados de prisão, um de prisão preventiva, um de prisão temporária por cinco dias e dois de condução coercitiva, quando o investigado é levado para prestar um depoimento e liberado. Os agentes e delegados cumprem as ordens do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.
A investigação é um avanço das apurações das fases em que se investigaram os grupos ligados a Dirceu, Zelada e Othon. A prisão preventiva e a busca são ligadas a um executivo investigado nas fases 16ª e 17ª – que investigaram Othon e Dirceu. Para a PF, ele pagou propinas a agentes públicos e investigados nessas duas etapas.
No núcleo ligado ao ex-diretor de Internacional Jorge Zelada, apuram-se pessoas e empreiteiras. Segundo a PF, há suspeita que elas pagaram agentes públicos e políticos no exterior. Zelada já teve 10 milhões de euros confiscados no Principado de Mônaco pela Justiça daquele país. Uma das empresas sediadas no Brasil recebeu cerca de R$ 20 milhões entre 2007 e 2013 de empreiteiras já investigadas na operação Lava-Jato por favorecimento em contratos com a Petrobras e pagamento de propinas.
Todos os presos serão levados para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.