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18 de abril de 2024A mudança no padrão de divulgação dos balanços das companhias abertas brasileiras, que desde o início de 2011 são obrigadas a divulgar seus balanços com as normas internacionais IRFS (Internacional Financial Standard Reporting) trouxe mais transparência para o investidor pessoa física.
A opinião é do presidente executivo do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores), Ricardo Florence. “Com as IFRSs, muda a comunicação da empresa com seus investidores, ela fica mais simples de ser entendida. Há uma transparência muito maior”, afirma o executivo.
O sócio da consultoria Deloitte, Bruce Mescher, tem a mesma opinião. “Com a adoção das IFRSs, todas as empresas seguem a mesma regra do jogo. Este novo padrão exige da empresa muito mais informação, algo que nunca foi exigido ou cobrado anteriormente”, afirmou Mescher, durante a apresentação de uma pesquisa feita em parceria entre Deloitte e Ibri, que avaliou o impacto da implementação das IFRSs nos departamentos de RI (Relações com Investidores) das companhias.
De acordo com a pesquisa, mais da metade (58%) dos departamentos de RIs das companhias também apontaram a transparência nas informações para os investidores como o principal ponto positivo do novo padrão contábil.
Decisão dos investidores
Segundo o levantamento, a maioria dos entrevistados (78%) acredita que a adoção das IFRSs está influenciando mais a decisão dos investidores e 65% deles acham que a eficiência do mercado de capitais melhorou com o novo padrão.
“A introdução das IRFSs deu um padrão de comparabilidade para melhor avaliação dos ativos”, afirmou Florence, do Ibre.
Impacto das mudanças
Ainda segundo a pesquisa, a percepção dos RIs em relação à compreensão dos investidores sobre os impactos das IFRSs é positiva: 70% dos entrevistados consideram que os investidores compreenderam os impactos do novo padrão nos demonstrativos financeiros, contra 16% que acham que a compreensão foi indiferente.
Por outro lado, os departamentos de RIs consideram que a implantação do novo padrão dificultou os esclarecimentos dos demonstrativos financeiros. Para 47% dos entrevistados, a IFRS dificultou pouco ou muito o entendimento dos investidores sobre os demonstrativos das companhias abertas, contra 30% que acreditam que o novo padrão facilitou este entendimento.
“Com este cenário, os RIs passam a ampliar o seu papel estratégico para elevar os preceitos de transparência das IFRSs a todo o mercado e zelar pela sua compreensão”, disse Ricardo Florence, do Ibri.
Pesquisa
A pesquisa foi efetuada com o departamento de RI de 46 empresas de capital aberto – cujo faturamento anual somado foi superior a R$ 40 bilhões.
Os entrevistados reponderam a um questionário que visava ter informações sobre a adoção da IFRS, obrigatórias nas demonstrações financeiras produzidas no País, de acordo com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).