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18 de abril de 2024Após semanas de negociações com partidos aliados, a presidente Dilma Rousseff irá anunciar na manhã desta sexta-feira (2) a nova composição da Esplanada dos Ministérios. O novo desenho do primeiro escalão, pragmático, espelha a necessidade de o governo se reaproximar de aliados como PMDB e PDT para tentar aprovar o pacote de ajuste fiscal e barrar as movimentações para abrir um processo de impeachment.
Apesar de ter cogitado nomear a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) para o comando do novo Ministério dos Direitos Humanos, Igualdade Racial e Mulheres, Dilma decidiu, na última hora, manter a atual ministra Nilma Lino (Mulheres) no primeiro escalão, à frente das três pastas voltadas para as minorias.
Mesmo com a simbologia de ser mulher, negra e ex-favelada, dois pontos pesaram contra a indicação de Benedita da Silva para o ministério. Primeiro, movimentos sociais ficaram em polvorosa nesta quarta-feira quando foi ventilada a possibilidade de a deputada do PT assumir o comando da turbinada pasta de direitos humanos.
Grupos ligados a mulheres e movimentos negros ficaram preocupados com a posição religiosa de Benedita, que é evangélica.
No entanto, apesar da resistência dos movimentos sociais, o fato que influenciou definitivamente contra a indicação de Benedita foi a acusação de improbidade administrativa que ela responde da época em que comandou a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio.
Nesta reforma ministerial, Dilma teve de engolir nomes polêmicos, como o do deputado Celso Pansera (RJ), indicado pela bancada do PMDB na Câmara. Conhecido como “pau mandado” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Pansera foi imposto pelo líder peemedebista Leonardo Picciani.
Mesmo diante das pressões da bancada do PMDB, a presidente da República tentou substituir Pansera por outro deputado do partido, porém, Picciani bateu em pé em torno do colega fluminense. No entanto, para assegurar a indicação de Pansera, o líder do PMDB aceitou trocar a Aviação Civil pela Ciência e Tecnologia.
Outra dificuldade enfrentada por Dilma nas negociações para recompor seu ministério foi ter de abrir mão de dois ministros que ela considerava seus “meninos de ouro”: Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Arthur Chioro (Saúde).
Ainda que contrariada, ela deslocou Mercadante para o Ministério da Educação. Já Chioro foi obrigado a deixar a Esplanada dos Ministérios para abrir mais espaço para a bancada do PMDB na Câmara.
No fim das contas, Dilma manteve uma convicção, desistindo de fundir o Ministério do Desenvolvimento Social com Trabalho e Previdência Social. Com isso, ela manteve a amiga Tereza Campello com status de ministra.