Não é só na retomada das vendas e manutenção de empregos que o governo está de olho, quando reduziu o Imposto sobre Produto Industrializados (IPI) da linha branca. A substituição de geladeiras velhas por modelos mais novos, que consomem menos energia é um dos objetivos. A ideia, apresentada inicialmente pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, foi baseada no modelo cubano de troca de geladeiras antigas, muitas fabricadas antes da revolução de 1959, por modelos chineses, mais baratos e econômicos. O governo de Cuba subsidia a substituição dos eletrodomésticos, cujo preço é, em média, US$ 270. O programa brasileiro, ainda em discussão, deve incluir a concessão de um bônus-desconto para quem substitui o equipamento antigo por outro mais novo.
A implementação do programa cubano para o Brasil deve corrigir um hábito comum no País de comprar uma geladeira nova e deixar a outra consumindo energia em garagens ou churrasqueiras. Como o gás clorofluorcarbono é utilizado na maioria dos modelos antigos, este comportamento embute um risco potencial, já que o gás é altamente danoso à camada de ozônio e precisa passar por um processo de tratamento químico antes de ser liberado para a atmosfera.
De acordo com o plano do governo, a loja responsável pela entrega da nova geladeira ficaria encarregada de levar a velha para um ponto de reciclagem, para ser desmontada. Depois da retirada do plástico, as partes metálicas seriam absorvidas pelas siderúrgicas como sucata de aço. em sucata de aço.