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18 de abril de 2024O mercado cortou pela metade a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Agora a aposta é de alta de apenas 0,59% para a economia e de queda de 1,59% na produção industrial do País, de acordo com a pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central. Uma semana antes havia projeção de crescimento de 1,2% do PIB e retração tímida de 0,04% da produção industrial, o que já era o pior cenário desenhado desde o início do ano.
A retração da economia é traçada em um cenário de maior queda da taxa básica de juros. Também pela primeira vez no ano, os cerca de cem agentes de mercado consultados semanalmente pelo BC para a preparação do boletim de expectativas apostam em taxa Selic abaixo de dois dígitos ao final deste ano. A projeção vigente é a de que o juro básico da economia estará no patamar de 9,75% anual no fim de 2009. Uma semana antes, a projeção era de que a Selic seria de 10,25% no final do ano. Ou seja, o mercado acredita que nem juro baixo consegue reverter os efeitos da crise.
Ainda no conjunto das más notícias, o boletim Focus mostra que o mercado acredita também em aumento da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), atingindo patamar de 36,4% do PIB ao final do ano. Uma semana antes, a projeção era por um comprometimento de 36% da dívida em relação ao PIB. O recado do mercado é que a queda do juro básico – o que torna mais leve a administração da dívida pública – não será suficiente para reverter o impacto da queda do PIB. Ou seja, a riqueza do País crescerá tão pouco que mesmo com juros mais baixos, a dívida fica mais pesada em relação ao PIB.
Piorou também a projeção de chegada de recursos para Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), para US$ 22 bilhões, frente estimativa de US$ 23 bilhões na semana anterior. O BC mantém – por enquanto – projeção de que o Brasil vai obter US$ 30 bilhões de IED. O déficit em conta corrente para a marca de US$ 24,5 bilhões, frente estimativa anterior de US$ 24,85 bilhões. Foi mantida em US$ 13 bilhões a perspectiva de saldo da balança comercial e em R$ 2,30 por dólar a taxa de câmbio ao final de período.
As projeções foram divulgadas ontem, na consolidação de opiniões colhidas junto ao mercado até a última sexta-feira, 13 de março. Foi justamente a semana em que o Banco Central divulgou a queda da taxa Selic de 12,75% para 11,25% ao ano – clara sinalização de que a autoridade monetária reconheceu o agravamento da crise – e que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB brasileiro encolheu 3,6% no último trimestre do ano passado em relação ao trimestre anterior.
Inflação no centro da meta
As perspectivas de inflação recuaram mais uma vez, convergindo para o centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. A estimativa de variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) agora é de 4,52% no ano, frente projeção de 4,57%, na semana anterior.
Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), há previsão por alta de 3,69%, frente estimativa anterior de 4,16%. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a nova aposta é por alta de 3,45%, contra estimativa de 3,79% presente no boletim passado. Para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), vigora a projeção por alta de 4,35%, contra 4,36% na estimativa anterior. Para os preços administrados, a nova aposta é que haja elevação de 4,68% este ano, frente 4,7% da semana passada.