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18 de abril de 2024Em sua última participação como presidente brasileiro no Fórum Econômico Mundial de Davos, Luiz Inácio Lula da Silva receberá o prêmio de “estadista global”. Lula tem sido um dos mais assíduos frequentadores do evento que reúne a elite capitalista mundial, apesar de muitos, entre os quais o seu fundador, Klaus Schwab, ainda se lembrarem de suas críticas ao evento no passado. Neste ano, Davos ainda dedica uma reunião para debater “o futuro do Brasil”. “As pessoas falam muito da China. Mas tenho muito confiança no Brasil”, disse Schwab ao Estado. Já a administração Obama esnobou neste ano o evento e praticamente não estará presente.
O fórum será realizado a partir de 27 de janeiro, na luxuosa estação de esqui de Davos, nos Alpes. Será a primeira vez que o prêmio será dado pela organização, mas a forma de escolha do vencedor não foi esclarecida pela entidade. Schwab disse que a escolha de Lula foi baseada numa pesquisa com empresários e líderes ligados ao fórum. Já fontes do fórum admitem que não houve uma regra clara sobre a escolha.
“Esse prêmio mostra a estima que o mundo tem por Lula e por suas políticas de sucesso. Ele está comprometido com todas as áreas sociais e é um exemplo de liderança”, diz Schwab. O prêmio inédito será entregue pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, no dia 29.
Neste ano, além de Lula, o fórum terá a presença do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e dos chefes de governo da Espanha, Canadá, África do Sul, Senegal, Colômbia, México, Grécia e Israel. Já a administração de Barack Obama vem rejeitando uma aproximação do fórum e praticamente nenhum representante do presidente americano irá à Suíça.
Poucos dias depois de assumir a presidência em 2003, Lula deixou parte do PT irritada ao anunciar que iria ao Fórum Econômico na Suíça. Naquele ano, foi também ao Fórum Social Mundial. Segundo Lula, sua ida a Davos era “para mostrar que outro mundo é possível” – usando o próprio slogan do Fórum Social.
Lula se tornou uma das estrelas de Davos e uma das provas de que o evento estava disposto a ouvir os representantes do Sul. Afinal, o brasileiro representaria um país emergente, com um discurso duro, social, mas não considerado extremista nem inconveniente como o de Hugo Chávez, Evo Morales e outros. Seu presidente do Banco Central era ex-presidente do BankBoston e o ex-ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, era um grande exportador.
Neste ano, Schwab quer dar um lugar de honra a Lula. “Eu conheci Lula 20 anos antes de ele ser presidente e já me diziam que ele seria o líder do País”, afirmou o fundador de Davos. Além do prêmio, o Brasil terá uma sessão inteira dedicada ao futuro do País, com a participação de empresários e de Meirelles.
“O Brasil será a quinta maior economia do mundo até 2020”, disse Schwab. Questionado sobre os desafios do Brasil nos próximos quatro anos, Schwab se recusou a responder. “Acho melhor deixar isso para Lula.”