JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
9 de fevereiro de 2024Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024Apesar do cenário “de contratempos sérios que estão no horizonte”, em
razão do agravamento da crise econômica mundial, o Brasil tem condições
de continuar crescendo, mesmo no curto prazo. Foi o que disse hoje (7) o
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), Luciano Coutinho, no seminário Novo Pensamento Econômico –
Contribuições do Brasil para um Diálogo Global”, promovido pela Fundação
Ford, no Rio de Janeiro.
Coutinho acredita que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) este ano já está definida e deverá ficar entre 3% e 3,5%. “A
oscilação de curto prazo não é relevante”, ressalvou. Para ele, da mesma
forma que a economia foi programada para desacelerar em razão da crise
mundial, pode voltar a ser programada para acelerar. “O que move
investimento é a perspectiva de futuro para os próximos três, quatro,
cinco anos”.
Coutinho lembrou que o Brasil e os demais países em desenvolvimento,
que têm um “certo grau de autonomia”, estão crescendo acima da média
mundial. “Isso é que nos dá força para criar um horizonte de
credibilidade para investimentos futuros”. Acrescentou que a combinação
de uma política fiscal firme com a perspectiva de manutenção da política
de redução dos juros, aliada a incentivos ao investimento, diferencia a
economia brasileira.
Para garantir a continuidade do crescimento, Coutinho destacou que os
primeiros desafios são a formação de uma taxa agregada de poupança em
reais e a elevação da taxa de investimento. “A política brasileira tem
sido a de priorizar os incentivos aos investimentos, como grande
diretriz norteadora do processo de sustentação do crescimento”.
Embora o BNDES seja reconhecido como uma alavanca ao investimento no
país, Luciano Coutinho avaliou que ainda é cedo para definir se será
necessária alguma mudança na política de financiamento da instituição.
“A nossa percepção é que os planos de investimento estão mantidos em um
patamar elevado, embora o ritmo tenha desacelerado um pouquinho na
margem”.
O presidente do BNDES salientou que a crise mundial atual difere da de
2008, que resultou em uma paralisia completa do sistema global de
crédito, afetando as exportações no Brasil e reduzindo os investimentos.
Disse também que “não há perspectiva de ruptura sistêmica de um banco
importante”.