Investidores prejudicados por negociação de ações com informação privilegiada ou fraudes no mercado creem que a Justiça foi feita quando a Comissão de Valores Mobiliários ou o Banco Central anunciam punições aos responsáveis. Mas poucos sabem que as multas milionárias e proibições de atuar em companhias abertas ficam suspensas até o julgamento final pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, órgão administrativo de última instância com representantes do governo e do setor privado, conhecido como “Conselhinho”. Os processos demoram mais de uma década e reduzem a eficácia da regulação.