As taxas médias de juros para empréstimo pessoal e cheque especial caíram pelo quarto mês seguido, de acordo com a pesquisa mensal da Fundação Procon-SP. Os juros encontrados em dez bancos entre os dias 6 e 7 de abril mostram uma média de 5,74% mensais para o empréstimo pessoal e de 9,03% ao mês para o cheque especial. Foram analisados em abril Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real , Safra, Santander e Unibanco.
Apesar da queda contínua neste ano, as médias ainda estão bem acima dos menores resultados já encontrados desde o início da pesquisa, em 1995. Desde então, o menor juro médio de empréstimo pessoal foi de 4,22%, apurado em janeiro de 2001. No cheque especial, a menor média, de 7,99%, foi praticada entre agosto e novembro de 2004.
O juro médio de 5,74% mensais no empréstimo pessoal encontrado em abril é 0,06 ponto percentual inferior ao de março (5,80%) e 0,51 ponto percentual menor do que a de dezembro de 2008 (6,25%).
Dos dez bancos pesquisados, quatro mantiveram o juro estável e seis o reduziram: Banco Real e Santander, ambos para 6,23% mensais; Unibanco, para 6,79%; Itaú, para 6,89%; Bradesco, para 5,81%; e HSBC, para 4,62% ao mês. As menores taxas foram as da Caixa Econômica Federal, de 4,39%, e do Banco do Brasil, de 4,60% mensais. As maiores, do Safra (6,90%) e do Itaú.
No cheque especial, a média de 9,03% mensais ficou 0,14 ponto percentual abaixo dos 9,17% vistos em março e 0,30 ponto percentual menor do que os 9,33% de dezembro de 2008. Apenas Nossa Caixa e Safra deixaram as taxas estáveis. Os oito demais baixaram os juros: Caixa Econômica Federal, para 6,83% mensais; Santander e Real, ambos para 9,57%; Bradesco, para 8,44%; Itaú (8,75%); Unibanco (8,79%); HSBC (9,35%) e Banco do Brasil, para 7,85%. As menores médias novamente foram encontradas na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. As maiores são as do Safra (12,30%) e as de Real e Santander.
Para os técnicos do Procon-SP, esse movimento decrescente nos juros bancários é fruto da ação do governo – com o corte da taxa básica Selic – e com “o movimento dos bancos oficiais”. Essa atuação de bancos estatais no sentido de oferecer juros menores “indica a preocupação do governo em estimular a competição entre os bancos”, dizem os técnicos em nota da instituição. Assim, para eles, o consumidor deve esperar por novas quedas no custo do dinheiro antes de contratar empréstimos.