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18 de abril de 2024Impostos sobre produção e importação pesam no preço final produtos típicos do Natal. A reforma tributária, considerada essencial pela presidenta eleita Dilma Rousseff, porém, pode deixar de fora taxas cobradas do consumidor.No preço do bacalhau, por exemplo, 43,8% é destinado a pagar impostos. Já sobre enfeites de Natal, consumidores pagam 48% em tributos. As nozes são taxadas em 36,5% e um presépio custa mais 35,9% devido as alíquotas. O levantamento é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
A consultora em tributação Sueli Angarita alerta que o panetone é um dos mais afetados. Como fabricantes têm apelado para trigo importado, transferem para o cliente o Imposto de Importação, que pode chegar a 18% do preço. O peru de Natal, considerado não-essencial pela legislação, paga mais 28,3% em taxas. “Se não for importante na dieta do brasileiro, tem mais imposto. O consumidor poderia pagar menos pelos produtos que compra”, diz.
Embutidos no preço, os tributos passam despercebidos nas lojas, mas o espanto é o mesmo ao saber do volume das taxas. “É um absurdo”, classificou a folguista Ivaneide Nascimento, de 45 anos. “Se o governo cobrasse menos, as lojas poderiam baixar preço”, avalia.
Para Abigail e Heloísa Cruz, não tem cabimento o governo ganhar mais que o fabricante dos produtos. “Não tem retorno em saúde, segurança e educação”, resume a professora Heloísa, de 47 anos. Para Elizete Nascimento e o marido, Sebastião, a opção é cortar a lista de compras. “Se a gente pagasse e pelo menos fosse atendido”, diz ela.