Embora os fundos de ações de países emergentes tenham tido resgates líquidos na última semana de novembro, houve um arrefecimento na saída líquida investimentos desde a metade do mês, com destaque positivo para os fundos do Brasil, segundo relatório da EPFR divulgado nesta sexta-feira (2).
“A diminuição na exigência de depósito compulsório aos bancos, entretanto, ajudaram os fundos de ações da América Latina, em particular do Brasil”, mostra a consultoria, ressaltando que os fundos de ações brasileiros tiveram sua maior entrada líquida de capital em 26 semanas. Já os fundos focados em investir no mercado acionário da América Latina tiveram a maior captação semanal desde o final de julho, por conta da expectativa por maior demanda chinesa pelas exportações de matéria-prima.
Já os fundos de ações EMEA (Oriente Médio, Leste Europeu e África) foram os mais atingidos em termos de porcentagem, confirmando o impacto da crise da dívida da Zona do Euro em suas economias. Segundo o relatório, o saldo negativo de captação desses fundos já estão em 88% do recorde anual de saída líquida de investimentos, registrada em 2008.
Resgates na Ásia e no GEM
Em dólares, os fundos de ações da Ásia – com exceção do Japão – e os GEM (Global Emerging Markets) registraram o maior resgate líquido, com captação negativa próximo da marca de US$ 20 bilhões, frente ao saldo positivo de captação de US$ 21 bilhões no mesmo período de 2010.
Já os fundos de ações da China terminaram o mês de novembro com a maior saída de investimentos em oito semanas, por conta das dúvidas em relação à saúde do sistema bancário do país, apesar do afrouxamento da política monetária do país para um crescimento econômico sustentável.