Na posse de Afif, Dilma pede ao Congresso para aprovar MP dos Portos
9 de maio de 2013Nelson Barbosa, número 2 do Ministério da Fazenda, pede demissão
13 de maio de 2013O jornal inglês “Financial Times”, uma das publicações de maior credibilidade no mundo, errou grosseiramente num de seus principais artigos sobre como o brasileiro Roberto Azevêdo conseguiu ser eleito ao comando da Organização Mundial de Comércio (OMC). Sob o título de “Selado com um sorriso: como o Brasil colocou o seu homem Azevêdo na OMC”, o artigo começa descrevendo como o brasileiro traiu o segredo inicial sobre sua vitória “com um sorriso” na saída da OMC. E todo o artigo foi construído com base nisso: o sorriso.
Detalhe capital: o homem que saiu da OMC com “o sorriso”, logo depois de ser informado oficialmente da vitória do Brasil, não era Azevêdo, mas sim o diplomata Estanislau Amaral, o segundo na missão diplomática do Brasil em Genebra. Roberto Azevêdo, como mostram as fotos do GLOBO tiradas pouco após o anúncio, estava a vários quilômetros de distância da OMC, na sua sala de embaixador, esperando um telefonema de Estanislau Amaral, ao lado de sua mulher, a também embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo.
O “Financial Times”, na reportagem assinada por dois jornalistas e três colaboradores, nenhum deles em Genebra, assumiu que a pessoa que saía da OMC era Azevêdo e construiu, sem verificar, todo o seu artigo com base nisso. Começa assim: “O candidato brasileiro traiu seu sucesso com um sorriso. Pouco depois de 18h30m, hora local na terça-feira, Roberto Azevêdo saiu da sede da Organização Mundial do Comércio em Genebra e se deparou com com numerosos representantes da imprensa o esperando na frente”.
O artigo continua: “O embaixador brasileiro na OMC permaneceu em silêncio. Mas sua expressão alegre era uma dádiva: minutos antes, o Sr. Azevêdo tinha recebido a notícia de que ele havia assegurado sua nomeação para substituir Pascal Lamy. Com isso, ele coroou uma campanha de quase cinco meses…”. E a partir daí o artigo segue descrevendo o lobby do governo brasileiro para elegê-lo: a visita de Azevêdo a 47 países e o fato de que a presidente Dilma Rousseff passou a levá-lo nas viagens e encontros com líderes de vários países.
Como de praxe, no fim do artigo na internet lê-se: “jornalismo de qualidade global requer investimento. Por favor compartilhe este artigo com outros usando o link abaixo, não corte ou cole o artigo.”
