Seis ex-executivos e corretores da Sky Capital, uma corretora de valores de Nova York, foram denunciados por perpetrarem uma “fraude por telemarketing” transatlântica, que, segundo os promotores, envolveu investidores no Reino Unido e nos EUA.
De acordo com o indiciamento criminal, as pessoas, que incluem Ross Mandell, fundador e executivo-chefe da Sky, teriam persuadido investidores a comprar ações por meio de colocações de títulos privados em duas companhias co-ligadas – a Sky Capital Holdings e a Sky Capital Enterprises, que negociavam no Mercado Alternativo de Investimento na Bolsa de Valores de Londres (LSE).
Em vez disso, porém, usaram os fundos para enriquecer e pagar comissões a corretores, que muitas vezes eram camufladas como empréstimos ou bônus especiais. Os seis também foram submetidos a uma queixa civil separada apresentada pelo órgão regulador do mercado financeiro dos EUA, a Securities and Exchange Commission (ou SEC, equivalente à CVM no Brasil), que alegou que Mandell usou os fundos para sustentar um estilo de vida luxuoso para si e para os corretores da Sky Capital.
Ele teria feito viagens frequentes a Londres para oferecer as colocações de títulos privados a investidores potenciais. O SEC disse que estas viagens incluíram voos em primeira classe, suítes em hotéis cinco estrelas, refeições caras e diversão adulta.
A manipulação das ações teria sido projetada para aparentar demanda para as ações que os investidores compraram, quando na verdade não havia, para controlar o mercado no papel e para manter e elevar a cotação da ação, de acordo com o indiciamento criminal.
“Táticas de telemarketing sob grande pressão, como as que foram usadas pela Sky Capital e seus corretores, erodiram o nível de honestidade e de lisura que buscamos manter nos mercados de valores”, disse James Clarkson, diretor interino do escritório regional do SEC em Nova York. “Essa firma e esses corretores se esmeraram em mentir reiteradamente aos investidores, pressionando-os a comprar papéis sem lhes dizer que seria praticamente impossível vender aquelas ações”.
A Sky Capital praticou política de “nenhuma venda líquida”, que, em essência, impediu que os investidores vendessem os seus papéis, alegou a queixa da SEC. Quando os negócios com esses papéis foram suspensos pela LSE em 2006, os investimentos foram considerados sem nenhum valor. Os seis se entregaram às autori