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18 de abril de 2024O superávit comercial da China está prestes a inchar novamente caso o governo não tome mais medidas para estimular o consumo doméstico, como permitir que a moeda se fortaleça. O alerta foi feito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em sua análise anual da economia do país.
A avaliação da equipe do FMI reflete as crescentes preocupações entre alguns economistas e autoridades de que a mudança em direção a um padrão mais sustentável de crescimento da economia global possa cessar, já que o pior da crise está passando e os países retornam aos negócios normalmente.
Algumas das conclusões do relatório – incluindo a alegação de que a moeda da China está “substancialmente” desvalorizada – foram reveladas pelo FMI no início da semana.
O fato do relatório ter sido publicado integralmente hoje também indica uma melhoria no relacionamento por vezes conturbado entre a China e o FMI. A China impediu a publicação da análise do ano passado, que só foi completada depois que o FMI desistiu de chamar a moeda chinesa de “fundamentalmente desalinhada”.
Dependência. O debate sobre política cambial é apenas parte da discussão sobre a direção geral da economia chinesa, com o governo da China e o FMI concordando que o país ainda depende muito das exportações. Estimular o consumo doméstico, ao contrário, “reduzirá a dependência da China da demanda externa e protegerá melhor sua economia de turbulências nos mercados internacionais”, diz o FMI.
A China deu enorme impulso à demanda doméstica com seu programa de estímulo para combater os efeitos da crise financeira, resultando em um aumento nas importações de matérias-primas e equipamentos para abastecer o boom da construção. Como resultado, o superávit em conta corrente – a medida mais ampla para sua balança comercial – caiu acentuadamente, alcançando 4,5% do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre deste ano, menos da metade do nível mais alto de quase 11% do PIB, em 2007.
Para a China assegurar que seu superávit comercial continuará a cair será preciso “um exercício excepcionalmente complicado no planejamento macroeconômico” que “vai exigir ação concertada em múltiplas frentes”, diz o FMI. Apesar de a China ter dado alguns passos na direção correta, incluindo um relaxamento de sua moeda em relação ao dólar, “a massa crítica de reformas políticas que serão necessárias para realizar essa meta ainda não está totalmente adequada”, avalia o Fundo.
O FMI afirmou que o governo da China discorda da avaliação, defendendo que o crescimento rápido, aumento de salários e reformas já implementadas vão assegurar que o superávit em conta corrente continue a cair, para cerca de 4% do PIB nos próximos anos.
Os líderes do G-20 concordaram, em sua última reunião em junho, que reduzir o superávit comercial de países como China e o déficit comercial de países como Estados Unidos são fatores que devem ajudar o crescimento da economia global a ser mais rápido e com base mais ampla.
Câmbio. O relatório também diz que a China precisa ajustar sua moeda, que apesar das promessas oficiais de maior flexibilidade, até agora mudou muito pouco. “A atual desvalorização é contraproducente e age como força contrária ao aumento do consumo privado”, diz o relatório. “Uma moeda mais forte ajudará a elevar o poder de compra doméstico, elevar a parcela de rendimento do trabalho e reorientar os investimentos para os setores que servem o mercado doméstico”. A China contestou a análise afirmando acreditar que o yuan está agora “muito mais perto do equilíbrio do que nunca”.