JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
9 de fevereiro de 2024Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024O fluxo cambial – entrada e saída de dólares do País – em 2008 foi negativo em US$ 983 milhões, o primeiro ano que registrou a saída líquida de dólares desde 2002, período em que US$ 12,989 bilhões deixaram o País em meio à crise gerada pela eleição presidencial. Neste ano, o valor foi afetado pela saída ininterrupta de recursos de investidores estrangeiros das aplicações financeiras no País desde abril e pela redução no saldo comercial, na comparação com 2007, ao longo de todo o ano.
Com a supervalorização do real desde o início do ano, as importações cresceram muito no País, superando o ritmo de crescimento das exportações. Como o saldo comercial é a diferença entre as vendas e as compras externas, o superávit da balança passou diminuir. Com o agravamento da crise financeira mundial, em setembro as o crescimento das exportações diminuiu ainda mais.
Paralelamente, os saques de investidores estrangeiros no mercado brasileiro aumentaram, superando as entradas. Até agosto, o fluxo acumulava saldo positivo de US$ 14,385 bilhões, mas a crise levou investidores a retirar dólares do Brasil. Os sucessivos resultados negativos, financeiros e comerciais, fizeram com que o fluxo virasse nos últimos dias do ano – até o dia 19 de dezembro, o saldo ainda era positivo em US$ 1,292.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 7, pelo Banco Central, a saída de dólares no ano passado foi liderada pela conta financeira, que registrou resultado negativo de US$ 48,883 bilhões, com entradas de US$ 421,240 bilhões e saídas de US$ 470,123 bilhões. Tal desempenho foi em parte compensado pela conta comercial, que foi superavitária em US$ 47,900 bilhões, decorrente de exportações de US$ 187,984 bilhões e importações de US$ 140,084 bilhões.
Em 2007, o fluxo cambial havia sido positivo em US$ 87,454 bilhões, o melhor resultado da série histórica, iniciada em 1982. Naquele ano, a conta comercial foi positiva em US$ 76,746 bilhões e o fluxo financeiro teve ingresso líquido de US$ 10,708 bilhões.
Dezembro
Em dezembro, o fluxo cambial de dezembro ficou negativo em US$ 6,373 bilhões. O resultado foi gerado pela saída líquida de US$ 6,254 bilhões pela conta financeira, onde foram registradas saídas de US$ 41,640 bilhões e ingressos de US$ 35,386 bilhões. A saída de dólares ainda foi reforçada pela conta comercial, que registrou resultado negativo líquido de US$ 119 milhões, com exportações de US$ 11,405 bilhões e importações de US$ 11,524 bilhões.
Em dezembro de 2007, o fluxo cambial havia sido positivo em US$ 5,397 bilhões, com contribuição positiva de US$ 3,276 bilhões do segmento comercial e US$ 2,121 bilhões da conta financeira.
Além disso, os dados mostram que o crédito para o exportador voltou a diminuir em dezembro. A média diária do volume de empréstimos para o financiamento à exportação concedidos via Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) somou US$ 146,51 milhões em dezembro, valor 20,45% menor que o registrado em novembro (US$ 184,16 milhões). A média diária é a pior registrada desde o agravamento da crise, em setembro. Na comparação com aquele mês – que teve média diária de US$ 238,84 milhões -, o resultado de dezembro foi 38,66% menor.