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18 de abril de 2024A Fiat SpA aprovou a venda de até 4 bilhões de euros (US$ 5,42 bilhões) em títulos. O objetivo da fabricante de automóveis italiana é refinanciar-se a uma taxa de juros mais baixa e diminuir o peso da sua dívida de 10 bilhões de euros.
Os títulos podem ser vendidos em uma ou mais parcelas a qualquer momento, antes do final do próximo ano, e os recursos captados serão usados para pagar dívidas, informou a Fiat em comunicado. A fabricante de automóveis italiana aprovou um plano semelhante de refinanciamento no ano passado.
A Fiat anunciou no mês passado um ambicioso plano de cinco anos que visa aumentar a produção para 7 milhões de veículos, acima dos 4,4 milhões anotados no ano passado. O plano prevê investimentos da ordem de 48 bilhões de euros ao longo dos próximos cinco anos e depende de grandes ganhos a serem realizados pela marca Jeep, da Chrysler, e pela linha de luxo da Fiat, Alfa Romeo.
No início deste mês, o Banco Central Europeu cortou suas principais taxas de juros e adotou um pacote de medidas que provocou uma queda nos rendimentos dos títulos de governo de alguns países periféricos da União Europeia, incluindo a Itália. Isso criou uma abertura para algumas empresas se refinanciarem a taxas mais baixas.
O conselho da Fiat, em uma formalidade, também aprovou neste domingo a fusão com a Chrysler e a formação de uma nova empresa a ser chamada Fiat Chrysler Automobiles. O passo final para a criação da FCA virá com a aprovação pelos acionistas, em reunião extraordinária que a Fiat espera chamar até o final de setembro. A nova empresa será incorporada na Holanda, terá domicílio fiscal no Reino Unido e vai buscar uma listagem na Bolsa de Nova York até o final do ano.
FCA terá uma estrutura de votação “de lealdade”, que permitirá que os acionistas quem mantenham sua participação por três anos tenham dois votos para cada ação que possuam. Isso vai favorecer a família Agnelli, que controla a Fiat desde sua fundação, há mais de 100 anos, e ainda é dona de 30% da empresa.
Também neste domingo, o diretor independente Gian Maria Gros-Pietro, que é presidente do conselho de administração do banco Intesa Sanpaolo SpA, demitiu-se do conselho da montadora. A nova diretiva da União Europeia irá limitar o número de mandatos que podem ser detidos pelos membros dos órgãos de administração de instituições financeiras. Glenn Earle, sócio aposentado do Goldman Sachs e ex-diretor de operações da Goldman Sachs International, o sucederá no assento aberto no conselho em 23 de junho.