Lava Jato atinge obra da Mendes Júnior
8 de janeiro de 2015França mobiliza dez mil membros das forças de segurança após ataques terroristas
12 de janeiro de 2015A falha de um equipamento provocou uma parada de 11 dias em uma das instalações mais importantes da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A unidade de craqueamento catalítico – responsável por “quebrar” o petróleo pesado em frações mais leves – deixou de funcionar em 21 de dezembro e só voltou a ser acionada no dia 2 de janeiro.
Segundo o presidente do Sindipetro PR/SC (representante dos trabalhadores), Mário Dal Zot, informações preliminares indicam que houve falha em uma bomba, e que a bomba reserva não pôde ser acionada por não ter passado por manutenção.
Outras unidades, que dependem desse processo inicial de refino para funcionarem, também ficaram paradas nesses 11 dias, mas o problema não chegou a interromper todo o trabalho na refinaria, maior complexo industrial do Paraná. O segmento de refino de petróleo e produção de etanol responde por quase 17% do valor da transformação industrial do estado, conforme o IBGE, e paradas na Repar costumam ter forte impacto nos indicadores da indústria paranaense.
Sem dar mais detalhes, a Petrobras informou em nota que um “problema em equipamento” da unidade de craqueamento catalítico provocou uma parada não programada, e que a operação foi retomada “atendendo aos procedimentos de segurança na intervenção”. Segundo a estatal, o abastecimento de combustíveis não foi afetado.
A parada, confirmada ontem pela Petrobras à agência Reuters, engrossa a lista de incidentes na refinaria de Araucária – foram quatro em pouco mais de um ano.
A última parada técnica programada da Repar, para inspeção e manutenção de todos os equipamentos, foi realizada em agosto de 2010. Em agosto do ano passado, a Gazeta do Povo revelou que em várias ocasiões a refinaria trabalhou acima da capacidade de processamento autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que é de 207,5 mil barris de petróleo por dia.
Na ocasião, a Petrobras negou operar a Repar acima da carga autorizada e afirmou que eventuais ultrapassagens se deviam a testes de carga autorizados pela ANP.
