O presidente da Usiminas tem uma posição definida sobre a decisão que os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, deveriam adotar na reunião marcada para os dias 20 e 21 deste mês. \”Eu defendo um corte na taxa de juro de pelo menos 3% de uma única vez\”. Com isso o BC estaria agindo em sintonia com o resto do mundo e mostraria compreensão da gravidade da crise, contribuindo para reativar a economia do país. Atualmente, a taxa Selic está em 13,75%.
\”Será que vão continuar insensíveis, vendo empregos sendo queimados\”, questiona Castello Branco, lembrando que a taxa base de juro está muito alta. Ele questiona: \”Por que nossos dirigentes da política monetária vêem o mundo de maneira diferente do Fed (banco central americano), do BCE (europeu) e do banco central japonês, que reduziram os juros?\”. Essa política de arrocho, para ele sem justificativa, \”deixa o país refém do passado inflacionário, apesar da disciplina adotada 14 anos atrás\”.
Na visão do executivo, o Conselho Monetário Nacional (CMN), que rege a política monetária do país e que é integrado pelo BC e os ministérios da Fazenda e Planejamento, deveria ter maior representatividade para espelhar melhor a realidade da economia do país. \”O CMN precisa ser aperfeiçoado. Antes, ele era mais pluralista, com participação dos ministérios da Indústria e Comércio, da Agricultura e outros agentes\”. Como está hoje, diz, mostra uma atitude desconectada da sociedade. \”Quem produz e paga salários tem condições de participar das discussões dos rumos do país e representa melhor a sociedade\”.