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9 de fevereiro de 2024Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, em Lisboa, a reforma do Conselho de Segurança da ONU, no qual o Brasil é candidato a uma vaga permanente, e atacou, na última segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele, o FMI tem sido incapaz de resolver problemas dos países em crise. O ex-presidente recebeu um prêmio da União Europeia na capital portuguesa e viajou para Coimbra, onde será titulado Doutor Honoris Causa e se encontrará com Dilma Rousseff.
– Devemos falar com voz comum na construção de uma ordem mundial. E que traduza as nossas aspirações de liberdade e justiça social, a começar pela reforma das Nações Unidas e do Conselho de Segurança, para que reflita a realidade do século XXI, e não a realidade de meados do século XX – disse, ressaltando que candidaturas da África, América Latina, Índia e outros países da região europeia devem ser levadas em conta.
Lula discursou na cerimônia do Prêmio Norte-Sul do Conselho da Europa, concedido há 15 anos a personalidades que promovem a solidariedade Norte-Sul. A ex-promotora do Tribunal Penal Internacional para os crimes ocorridos na antiga Iugoslávia, Louis Arbour, recebeu a mesma homenagem.
Durante a entrega do prêmio, o ex-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Sérgio Vieira de Melo (morto em 2003 no Iraque), foi citado pelo presidente português, Cavaco Silva, e por Louis Arbour.
Lula negou que esteja interessado em fazer parte da reforma da ONU.
– Eu acho que a ONU tem que ser dirigida por um burocrata da ONU. Ela não pode ser dirigida por um político – disse ele.
Fundo Monetário Internacional
Lula afirmou que o FMI não é a melhor solução para Portugal. O país pode ser o terceiro da zona do euro a pedir resgate financeiro.
– O FMI não resolve o problema de Portugal, como não resolveu o problema do Brasil, como não resolveu outros problemas. O FMI criou mais problemas para os países do que soluções – disse Lula.
A declaração foi dada em jantar com o premiê português José Sócrates e com o ex-presidente Mario Soares.
Perguntado se o Brasil ia comprar títulos da dívida portuguesa – que hoje tiveram novamente o rating baixado pela Standard & Poors -, Lula remeteu o assunto para a Dilma. O ex-presidente também se negou a fazer uma análise dos primeiros 100 dias de sua sucessora.
– Ninguém avalia ninguém por 100 dias. O mandato é de 4 anos – disse, à saída de um almoço com o presidente português, Aníbal Cavaco Silva