JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
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18 de abril de 2024Já se vão mais de dois meses desde que muitos negócios do país tiveram que fechar suas portas ou reduzir suas operações por conta da quarentena, necessária para conter a expansão da pandemia de coronavírus pelo país. Enquanto o vírus segue fazendo centenas de vítimas todos os dias pelo país, empresários batalham para que seus negócios não fechem as portas definitivamente, na mesma crise que levou o Produto Interno Bruto (PIB) do país a encolher 1,5% no primeiro trimestre deste ano.
Mas muitos já estão ficando sem saída, precisando recorrer a empréstimos, demissões e deixando contas atrasarem. Tudo numa tentativa de não engrossarem a lista da Serasa, que aponta que, em abril, foram registrados 120 pedidos de recuperação judicial no país, uma alta de 46,3% na comparação com março. Já os pedidos de falência somaram 75, um aumento de 25% frente ao mês anterior.
Desde março, o G1 acompanha as histórias de empreendedores que estão tentando sobreviver à crise provocada pela pandemia do coronavírus e pelo fechamento dos negócios necessário para conter a disseminação da doença. Lembre aqui como eles estavam há dois meses, e veja os novos depoimentos abaixo:
O bar Kaia, no Centro de São Paulo, viu as vendas caírem cerca de 80%, mesmo montando sistema de \’pegue e pague\’ e delivery – que ainda resultou em um acidente de bicicleta de um dos proprietários. Para manter as contas em dia, o proprietário Younes Bari precisou recorrer ao seu primeiro empréstimo.
Relembre: em março, Younes contou que, para sobreviver, bar tentava se adaptar ao delivery e à \’barricada\’
No Rio de Janeiro, Irenildo Queiroz, o \’Bigode\’, já começa a considerar a possibilidade de demitir parte do pessoal caso não consiga reabrir seu bar em junho. No início da quarentena, Queiroz colocou os funcionários em férias coletivas – mas sem qualquer faturamento, já recorreu a empréstimo e teme não conseguir reabrir.
Relembre: em março, Irenildo Queiroz contou que faria de tudo para não demitir funcionários
O empresário Bruno Bernardo teve de readaptar os seus dois negócios em São Paulo. Ele é sócio de um bar e de um escritório que desenvolve conteúdo – e os dois negócios tiveram as atividades interrompidas.
Sem poder abrir, o bar passou a oferecer serviço de delivery uma vez por semana. Já o escritório criou um curso online e passou a permitir aluguel de obras de arte.
Relembre: em março, Bruno Bernardo contou que teve de repensar toda a sua estratégia de negócios
Com todos os eventos cancelados desde 15 de março, o buffet Manja Gastronomia, na Zona Oeste de São Paulo, implementou um sistema próprio de entregas de refeições. Mas o sócio-fundador do buffet, Pedro Roxo, diz que o faturamento da nova operação \”não chega nem perto\” das receitas de antes da pandemia.
A única funcionária CLT da empresa foi mantida – mas o buffet recorre a um financiamento coletivo para colocar de pé um projeto de aulas online de culinária.
Relembre: em março, Pedro Roxo lamentava o fato do setor ser um dos mais atingidos pela crise
A loja de móveis Breton não abre os seus pontos de venda e opera com a capacidade do parque fabril com reduzida desde o fim de março, quando a quarentena foi adotada em São Paulo. Com isso, as vendas caíram 70%. Desde o início da crise companhia cortou 12% do quadro dos funcionários e aplicou a redução de jornada e salário para os trabalhadores.
À frente da empresa, Andre Rivkind conta que tem tido dificuldades para conseguir crédito – mas que, apesar das dificuldades, a empresa vai sobreviver.
Relembre: em março, Andre Rivkind disse que a crise do coronavírus é a mais grave pela qual já passou
Dona de uma rede de lavanderias na Zona Sul do Rio, Cláudia Mendes tinha perspectivas de crescimento no negócio. Mas, passados quase cinco meses, ela diz que “a palavra de ordem agora é sobreviver”.
Depois de demitir uma funcionária, suspendeu o contrato de outros 18 e reduziu a jornada de 12. Além do remanejamento de pessoal, Cláudia suspendeu o pagamento das contas de água, luz e gás. E mesmo sem caixa, precisou investir no delivery para garantir algum faturamento.
Relembre: em março, Cláudia Mendes já contava que o faturamento de suas lavanderias havia caído 70%