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25 de setembro de 2013O PSB agiu rápido para entregar os cargos que ocupa no governo Tarso Genro.
Em reunião com o governador que durou menos de 15 minutos na manhã desta terça-feira, o presidente estadual da sigla, deputado federal Beto Albuquerque, entregou documento justificando e formalizando a saída dos socialistas do governo.
A decisão havia sido tomada na noite de segunda-feira, em reunião da executiva estadual, cinco dias depois de o PSB nacional desembarcar do governo Dilma Rousseff.
Após a reunião com Beto, o governador disse que exigirá “qualificação técnica” de quem ocupar os cargos que o PSB está deixando.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Tarso disse que não se surpreendeu com a saída do PSB do governo e que o partido foi coerente com o projeto de candidatura de Eduardo Campos à presidência da República.
Conforme Beto, a sigla ocuparia em torno de 30 cargos no governo Tarso. O mais importante e disputado deles é o comando da secretaria de Infraestrutura e Logística, que está com Caleb de Oliveira. As primeiras manifestações de Tarso e do chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, indicam que o Piratini não tem pressa em substituir Caleb.
O substituto, no entanto, deve ser definido até o final da semana, depois de conversas do governador com líderes de partidos aliados. O mais provável é que o cargo seja oferecido ao PDT, partido do qual o Executivo precisa se aproximar para garantir apoio na eleição.
O PDT desconversa. Para o governo Tarso, entregar aos pedetistas a maior pasta do Estado seria importante para estreitar relações no momento em que a sigla trabalhista discute em encontros regionais o lançamento de candidatura própria em 2014. Isso demandaria, num futuro próximo, a saída do governo Tarso.
— Vamos aguardar a definição da nossa situação. Existe uma tendência no sentido da candidatura própria. E não temos nenhuma oferta do governo para assumir a Infraestrutura. Não temos condições de avaliar — diz Romildo Bolzan Jr., presidente estadual do PDT.
A notícia repercutiu nas redes sociais. Deputado estadual pela sigla, Miki Breier registrou apoio à decisão. Segundo ele, “um partido precisa ter maturidade para ser protagonista e não ficar preso aos espaços oferecidos nos governos”.
— A ideia é construir um projeto para o Brasil e ter coerência nos Estados. Não queremos prender ninguém. Cada um é livre para suas escolhas — afirmou Miki.
