‘É cedo para desativar políticas de estímulo’, diz Mantega
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24 de setembro de 2009O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em Nova York que o ano eleitoral de 2010 será “extremamente promissor para o Brasil”.
“Tomamos todas as medidas necessárias para colocar o Brasil em uma situação extremamente confortável”, disse Lula na noite de segunda-feira durante jantar em sua homenagem. A declaração ocorreu horas antes do anúncio da agência de classificação de risco Moody’s concedendo grau de investimento ao país.
Lula aproveitou para ressaltar o fato de o país ter se saído relativamente bem e rápido da atual crise financeira internacional, que considerou bem mais grave do que as enfrentadas por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
Em seu discurso, porém, Lula disse que hesitou antes de assinar a chamada “Carta ao Povo Brasileiro”, em julho de 2002, em que se comprometeu com a manutenção da estabilidade econômica, o respeito aos contratos e a diminuição da vulnerabilidade externa.
“Tive muitas dúvidas em assinar a “Carta ao Povo Brasileiro”. Fui convencido pelos meus companheiros e ela contribuiu para mudar a trajetória da minha campanha”, afirmou Lula.
“Sete anos atrás os EUA achavam que iríamos fazer do Brasil uma República sindicalista. Falavam em “risco Lula”. Era uma bobagem imensa achar que iríamos mudar a lógica de uma coisa que o povo brasileiro gostou, que é a estabilidade financeira”, disse.
Apontando na plateia para sua mulher, Marisa, Lula disse que nos tempos de inflação o casal “corria para o supermercado para comprar latas de óleo e guardar embaixo da pia” diante do temor da alta de preços.
Ontem Lula comemorou a decisão da Moody’s, conforme relato do ministro Guido Mantega (Fazenda). Mantega disse que avisou Lula por telefone e que o presidente havia ficado muito satisfeito com a perspectiva de mais investimentos no Brasil.
