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18 de abril de 2024O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou, em seu discurso na 73ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, que seu país passa por um período de \”mudanças profundas\” que demanda grandes esforços e disse que tem a \”convicção de fazer os esforços corretos\”, mas não citou a grave crise econômica que atinge o país e que levou sindicalistas a promoverem uma greve geral nesta terça-feira (25), que afeta pelo menos 15 milhões de pessoas.
\”Nosso país está passando por um período de mudanças profundas\”, disse ele na tarde desta terça em um breve discurso na assembleia. \”Decidimos atravessá-lo como a humildade para aceitar as dificuldades e com a convicção de fazer os esforços corretos. Sei que o esforço é grande e quero agradecer a cada argentino por isso.\”
O presidente argentino, porém, não poupou críticas à Venezuela, e anunciou que seu país vai denunciar o governo de Nicolás Maduro na Corte Penal Internacional.
\”Quero aproveitar para expressar, mais uma vez, nossa preocupação pela situação dos direitos humanos na Venezuela. Dada a sua gravidade, a Argentina levará à Corte Penal Internacional a situação relativa aos crímes contra a humanidade da ditadura venezuela\”, afirmou Macri.
\”Faço um chamado à Venezuela para que reconheça a crise humanitária, para assim poder dar início à cooperação internacional que atenda às fortes carências sanitárias e de alimentação dos desabrigados\”, continuou.
Segundo ele, a Argentina já recebeu cerca de 130 mil venezuelanos. \”Somos parte de uma resposta regional e ampla que busca mitigar as dificuldades de milhões de venezuelanos depois do êxodo de seu país, recebendo-os e integrando-os na sociedade.\”
O discurso de Macri acontece em Nova York em meio a uma greve geral na Argentina contra a política econômica do governo. É a quarta greve do gênero que, nesta terça, paralisa ônibus, trens, metrô e aeroportos, e serviços como bancos, comércios, escolas e repartições públicas no país. Nos hospitais públicos funcionam apenas os serviços mínimos de emergência.
As paralisações afetam pelo menos 15 milhões de pessoas e foram convocadas pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), que protesta contra os ajustes do governo em meio à crise que afeta o país pela desvalorização abrupta do peso argentino registrada desde o final de abril, a alta inflação (que deve superar 40% em 2018), e a queda da atividade econômica. Os líderes sindicais exigem reposição salarial e também rejeitam o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ainda nesta terça, o presidente do Banco Central da Argentina, Luis Caputo, renunciou ao cargo, citando motivos pessoais.
\”Esta renúncia se deve a motivos pessoais, com a convicção de que o novo acordo com o FMI restabelecerá a confiança nas situações fiscal, financeira, monetária e cambial\”, diz o comunicado divulgado pelo BC.
Guido Sandleris, o número 2 do Ministério da Fazenda, será o novo presidente do Banco Central (veja mais abaixo nesta reportagem o perfil de Sandleris). No comunicado que oficializa a nomeação de Sandleris, a presidência argentina confirmou que Gustavo Enrique Cañonero continuará como vice-presidente do Banco Central.