Em meio a uma temporada de balanços corporativos agitada no Brasil, o mercado digere ainda melhora no indicador de confiança da Alemanha, que saltou de 31,5 em janeiro para 48,2 em fevereiro, e traz otimismo aos investidores.
Já entre os destaques corporativos, Eike Batista decidiu colocar à venda pelo menos parte de sua participação na MPX Energia (MPXE3), empresa de energia do grupo EBX. Nas últimas semanas, o empresário sondou algumas grandes gestoras de recursos para avaliar o interesse delas em comprar ações que possui na companhia.
A intenção de Eike era fazer a venda rapidamente, por meio de um leilão na bolsa de valores. O empresário possui, na pessoa física, 50,14% na MPX, equivalentes a cerca de R$ 3 bilhões, enquanto que outros 3,8% da companhia estão concentrados por ele via fundos de investimento.
No final de semana, a coluna Radar, da Veja, divulgou que o empresário pretendia vender o controle da empresa para a gigante alemã E.ON, que já é dona de 10% da companhia.
Em nota, a empresa esclareceu que está sempre buscando maximizar valor para os seus acionistas e constantemente estuda possibilidades de novos negócios e arranjos societários, sendo que, até o presente momento, não há proposta, documento vinculante ou qualquer decisão nesse sentido.
Usiminas: 1° prejuízo anual em mais de uma década
Entre os resultados corporativos, a Usiminas (USIM3; USIM5) registrou prejuízo líquido de R$ 283 milhões no quarto trimestre de 2012, pressionada por impostos mais elevados, ao passo que conseguiu reduzir os estoques e seu endividamento caiu 10%. O resultado veio pior do que as expectativas dos analistas compiladas pelo InfoMoney, que previam um prejuízo de R$ 88,7 milhões.
Em 2012, a maior produtora de aços planos do Brasil teve o primeiro prejuízo anual em mais de uma década, de R$ 531 milhões, ante lucro de R$ 404 milhões em 2011.
Oi encerra 2012 com lucro de R$ 837 mi
Em continuidade à temporada de balanços, a Oi (OIBR3; OIBR4) também reportou resultados. A companhia encerrou o ano de 2012 com lucro líquido de R$ 837 milhões, 16,8% abaixo do R$ 1,006 bilhão verificado em 2011.
A receita líquida no ano apresentou um incremento de 0,8% para R$ 28,142 bilhões. Em janeiro, a Oi havia divulgado em balanço preliminar que a receita ficaria em R$ 27,5 bilhões. O resultado de hoje está mais próximo da projeção original da companhia para o ano, que era de R$ 28,9 bilhões.
Lucro da BR Properties mais do que dobra no 4° tri
Já a BR Properties (BRPR3), maior empresa de propriedades de renda, viu seu lucro crescer 160% no quarto trimestre do ano passado ante o mesmo período de 2011, para R$ 183,1 milhões. Conforme a companhia, essa expansão resultou da valorização de propriedades e de outras variações não caixa.
Na comparação dos dois intervalos, a receita líquida da BR Properties aumentou 122%, para R$ 200,7 milhões.
Compra da OHL Brasil fortalece lucro da Abertis
A concessionária de infraestrutura Abertis, da Espanha, revelou hoje que seu lucro líquido atribuível aos controladores subiu 42,3% em 2012, para R$ 1,02 bilhão de euros. O crescimento já considera os ganhos registrados com a compra da OHL Brasil, que foi renomeada para Arteris (ARTR3) em 1° de dezembro.
O lucro líquido da empresa foi fortemente impulsionado pela venda de 16% da Eutelsat, operadora de satélites com sede na França. A companhia vendeu as ações no mercado em janeiro e, em junho, acertou a alienação de mais 7% para a China Investment Corporation. No balanço, os ganhos com essas operações chegaram a 411 milhões de euros, o que representa 40% do resultado total.
Panamericano tem prejuízo de R$ 603 mi
O Banco Panamericano (BPNM4) registrou prejuízo líquido de R$ 603,926 milhões no exercício de 2012, após um lucro de R$ 60,238 milhões em 2011, conforme divulgado na noite da última segunda-feira.
Somente nos últimos três meses do ano passado, a instituição teve prejuízo de R$ 38,4 milhões, ante lucro de R$ 13,6 milhões obtido em igual intervalo de 2011.
Lucro do Daycoval cai no trimestre
O Banco Daycoval (DAYC4) registrou lucro líquido de R$ 82,5 milhões no quarto trimestre de 2012, com uma redução de 9% ante igual período de 2011. Em meio à inadimplência das empresas de médio porte que tomaram crédito, o resultado do banco reduziu.
O ano de 2012 terminou para o Daycoval com um índice de atraso acima de 90 dias nos pagamentos de 2%, bastante superior ao 0,7% de dezembro de 2011.
Laep aprova fusão com Prosperity e empresa deixará de existir
O Conselho de Administração da Laep (MILK11) aprovou na noite da última segunda-feira (18) a fusão da empresa com a Prosperity Overseas, uma companhia de capital fechado das Bermudas. Os acionistas da companhia vão se reunir em 7 de março para ver se aprovam ou não a fusão.
Em fato relevante, a companhia brasileira disse que a Laep deixará de existir e as obrigações conjuntas das empresas ficará a cargo da Prosperity. A justificativa do conselho para aprovar a fusão, segundo o comunicado, deve-se entre outros motivos à “situação patrimonial em que se encontra a Sociedade e suas companhias investidas”.
Investidor corre para título do BB após quebra de banco holandês
A estatização de um banco de US$ 5 bilhões na Holanda está escoando no mercado de crédito brasileiro. Títulos de dívida subordinada de bancos privados passaram a ter um desempenho pior do que os papéis do Banco do Brasil (BBAS3).
O rendimento das notas subordinadas junior da emissão de US$ 2 bilhões do BB e cupom de 6,25% caiu 4 pontos-base para 6,33%. A taxa de papéis similares do Bradesco (BBDC4) subiu 16 pontos-base no mesmo período, enquanto o dos títulos do Itaú Unibanco teve alta de 5 pontos-base.
CPFL estuda aumento de capital de R$ 5 bi
A CPFL Energia (CPFE3) avalia a possibilidade de fazer uma oferta subsequente de ações que poderá movimentar cerca de R$ 5 bilhões, afirmaram fontes para o Valor.
Para isso, a empresa analisa as condições do mercado e mantém conversas com os bancos que poderão assessorá-la se decidir levar adiante a operação. A oferta ajudaria a companhia a levantar recursos para fazer frente aos compromissos de investimento que assumirá se confirmar a aquisição do grupo Rede em parceria com a Equatorial Energia (EQTL3).
Eletrobras define modelo de Plano de Demissão Voluntária
Um primeiro modelo do que será o PDV (Plano de Demissão Voluntária) da Eletrobras (ELET3; ELET6) foi definido pelo Chesf, subsidiária do grupo, informou matéria publicada no Estado de S. Paulo.
A diretoria da empresa decidiu por uma remuneração básica de R$ 45 mil, mais o salário mensal – incluindo os adicionais -, multiplicado pelos anos trabalhados, com o limite de 35 anos. Além disso, deverá ser concedida a extensão do plano de saúde por cinco anos após o desligamento da estatal.
Vale declara força maior em contratos de carvão
A Vale (VALE3;VALE5) declarou força maior em determinados contratos de carvão na última sexta-feira (15) devido às fortes chuvas em Moçambique, informou a companhia em comunicado ao mercado enviado nesta data. A mineradora está entrando em contato com os clientes conforme os termos dos respectivos contratos, informou.
A ocorrência de chuvas desde o início de fevereiro de 2013 e a sua continuidade ao longo dos últimos dias em Tete, Moçambique, criou dificuldades operacionais para a ferrovia Linha do Sena, impactando o transporte de carvão. Até o momento, a Vale estima uma perda de cerca de 250 mil toneladas métricas no embarque de carvão metalúrgico.
Safra reduz preço-alvo para ação da Eletropaulo em 72%
Atualizando os números referentes às projeções macroeconômicas e a dívida não contabilizada de R$ 1,47 bilhão referente ao fundo de pensão, entre outros, o Safra reduziu em 72% o preço-alvo para as ações da Eletropaulo (ELPL4), que passou de R$ 18,00 para apenas R$ 5,00. Desta forma, os analistas Sérgio Tamashiro e Thiago Auzier projetam uma queda de 62,83% para os ativos da companhia até o final de 2013, de acordo com a cotação de fechamento desta segunda-feira (18).
O reembolso da chamada “bolha tarifária” de R$ 930 milhões, as novas premissas dos analistas para capex (custos de capital) e taxa de desconto também levaram à reavaliação para os ativos. A recomendação para as ações segue underperform (desempenho abaixo da média do mercado). “Tal recomendação leva em conta nossa visão de que as estimativas sobre o potencial de valorização da ELPL4 e geração de caixa não são atraentes e os investidores têm outras alternativas no setor de energia elétrica”, afirmam Tamashiro e Auzier.
Minerva inicia programa para recompra de até R$ 9,54 mi de ações
O frigorífico Minerva (BEEF3) aprovou um novo programa de recompra de ações de até 9,54 milhões de ações ordinárias, com prazo de validade de um ano, a partir de hoje. O total representa 10% das 95,42 milhões de ações em circulação da companhia.
A empresa informou também que está encerrado o programa de recompra de ações criado pelo conselho em 3 de abril, por meio do qual adquiriu 3,26 milhões de ações ordinárias. A intenção é manter os papéis em tesouraria para posterior cancelamento.