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18 de abril de 2024Assustados com a recessão e com a crise de crédito que a gerou, os principais economistas dos Estados Unidos defendem a expansão fiscal para consertar o dano – mesmo os que por muito tempo resistiram à idéia de que o governo desempenhasse um papel significativo em um sistema de mercado.
Mas ainda não existe um consenso sobre que tipo de gastos irá produzir os melhores resultados, ou que mistura de gastos e de reduções de taxas. \”Levamos tantos anos pensando que a política fiscal discricionária era uma má idéia , que não percebemos as medidas certas a tomar para acabar com a recessão que assusta todos nós\”, disse Alan J. Auerbach, economista da Universidade de Berkeley.
Centenas de economistas presentes ao encontro anual da Associação Americana de Economia, em São Francisco, pareciam estar cientes de que uma profunda mudança ocorrera. Em sua última reunião, as idéias sobre o uso dos gastos públicos como um modo de sair de uma recessão ou sobre o governo assumir um papel que eleve a categoria de um sistema de mercado foram relegadas aos progressistas. O grupo mais importante foi cético ou mesmo hostil a tais sugestões. Dessa vez, praticamente todos deram seu apoio, retornando para um modo de pensar que havia saído de moda nos anos 1970.
\”O novo entusiasmo pela ajuda fiscal e em particular pelos gastos do governo, representa uma enorme evolução no pensamento básico\”, disse Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de São Francisco.
Quase todos os economistas argumentaram que os gastos públicos podem ser mais eficazes do que as reduções de taxas para que se saia de uma terrível recessão. Mesmo assim, disseram que a presente crise requer, como fortificante, um mix dos dois, e debateram qual seria essa mistura, do mesmo modo que a equipe de transição de Barack Obama faz no momento.
As propostas foram as mais variadas possíveis. Entretanto, nas reuniões formais e em mais de doze entrevistas, muitos disseram que quando a recessão terminasse, o país não deveria retornar ao sistema influenciado pela eleição de Ronald Reagan, em 1980, até a presente crise. Um sistema no qual as taxas, regulamentações e gastos públicos eram minimizados.
Para Peter Gottschalk, economista do setor do trabalho no Boston College, a transação não foi fácil. A economia baseada em John M. Keynes com sua ênfase no papel do governo sobre o mercado, perdia sua força quando ele iniciou sua carreira.
Desde os anos 70, o Fed lida com recessões baixando as taxas de juros, e assim reativando a demanda por tornar mais barato assumir empréstimos e gastar. Porém desta vez o sistema de crédito entrou em colapso, e os que podem tomar emprestado a taxas relativamente baixas relutam em gastar. Isso faz com que a carga de reerguer a economia passe para a política fiscal, ou seja, o mix de reduções de taxas e gastos de US$ 600 bilhões para US$ 800 bilhões que o governo Obama e o Congresso possivelmente aprovarão neste início de ano.
A maioria dos economistas presentes concordou que um dólar investido em, digamos, um novo sistema de trânsito ou em reparos de uma ponte será gasto e gasto de novo com maior eficácia do que um dólar que vai para o consumidor em uma redução de taxa. Entretanto, não chegaram a um consenso sobre quais seriam os melhores projetos.