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A presidente Dilma Rousseff criticou ontem a atuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) na administração da crise internacional lembrando as políticas de austeridade que o organismo recomendava ao Brasil nos anos 80 e 90. “Nós sabemos quantas oportunidades perdemos nas duas décadas em que estivemos sob a ingerência do FMI nas nossas políticas de investimento e de consumo”, disse, durante evento, em Curitiba, em que anunciou investimentos no metrô da capital panaraense. “Nós já vimos esse filme. Nós sabemos o que é a supervisão do FMI e o que é proibir que o país faça investimentos”, afirmou. A presidente também criticou a indecisão dos países riscos em tomar medidas para conter a turbulência econômica. “Parece que não há um empenho, uma convicção política uniforme de como lidar com essa crise”, disse ela.
Dilma afirmou que é necessário conjugar investimento e inclusão social e apontou o mercado interno em crescimento, as reservas internacionais elevadas, o equilíbrio fiscal e a solidez do sistema financeiro como as armas de que o Brasil dispõe para resistir aos efeitos da crise. “A gente tem de continuar firme macroeconomicamente, muito sério, muito prudente, dando os passos que a gente pode dar com as nossas pernas, olhando a inflação com um olho e o crescimento com outro”, disse.
Situação grave
Em Paris, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os governos europeus devem socorrer os bancos do continente para evitar uma nova crise financeira, como a que aconteceu após o colapso do norte-americano Lehman Brothers, em 2008. Ele disse que a crise do setor bancário europeu é mais grave do que se pensava há duas semanas e será o principal tema da reunião dos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 — grupo que reúne as economias avançadas e os principais países emergentes — que ocorre hoje e amanhã na capital francesa.
Mantega criticou os governos e os próprios bancos por fazer um “jogo de empurra-empurra”, em que cada lado joga para o outro a responsabilidade das medidas que devem ser tomadas para salvar as instituições financeiras. Segundo ele, a crise não pode ser resolvida somente pelo setor privado, que está fragilizado. “Se todo o prejuízo for imposto aos bancos, isso poderá criar uma nova crise financeira, com consequências mais graves”, afirmou. “A responsabilidade última é dos Estados.”